Homem acusado de matar "amigo" mecânico promete falar

images/mnwallimages/900x600/images/fotoarquivo/2018/freguesias/moreira_de_conegos/felix_fernandes.jpg

O homem que está acusado de matar um mecânico em Azurém, em Novembro do ano passado, prometeu prestar declarações depois de conhecer e analisar o relatório da autópsia da vítima.

Na primeira sessão de julgamento, o Colectivo de Juízes ouviu o dono da oficina onde tudo aconteceu na manhã do dia 7 de Novembro de 2023.
Luís Abreu contou que a vítima foi procurada pelo arguido que se fez acompanhar por outra pessoa que não conhece. Arguido e vítima afastaram-se da entrada da oficina, deixando de os ver. Pouco tempo depois, viu a vítima, Félix Fernandes, a dirigir-se para a entrada da oficina, com a mão na barriga, afirmando que tinha levado uma facada na zona da barriga.
Foi a testemunha que levou a vítima à urgência do Hospital da Senhora da Oliveira. No trajecto e segundo Luís Abreu, Félix disse que tudo não passava de uma "estupidez", dado que em causa estava a devolução de um computador que tinha na sua posse e pertença do arguido que tinha sido o autor da facada.

A companheira de Félix também testemunhou. Manifestou surpresa pelos acontecimentos, levando em linha de conta que ambos eram amigos. Foi informada dos acontecimentos através de um telefonema que recebeu do hospital, altura em que falou com Félix que lhe pediu para tomar conta de um dos seus filhos de dois anos. A testemunha revelou que logo depois ligou ao arguido tendo este confirmado que em causa estava a recusa de Félix em lhe devolver um computador e que se tinha limitado a defender-se depois da vítima ter dado um soco no amigo que o acompanhara.

Na primeira sessão de julgamento também prestaram depoimento agentes da PSP que tomaram conta da ocorrência. Um desses agentes disse que se deslocou ao Hospital onde ainda falou com a vítima antes desta entrar no bloco para ser submetida a uma intervenção cirúrgica, tendo-lhe dito que Vítor lhe apontou uma arma de fogo que terá encravado no momento do disparo, razão pela qual puxou de navalha com que desferiu o golpe fatal.
O julgamento prossegue em Janeiro.


Marcações: mecânico

Imprimir Email