Artur Gomes diz que matou vizinha a mando da mulher

Artur Gomes, o vimaranense que está a ser julgado em Penafiel por um dos dois homicídios que em Outubro do ano passado confessou à GNR de Guimarães, diz agora que o fez forçado pela companheira, Júlia Lobo, que o "mandava matar", chantageando.

Na primeira sessão do julgamento que começou ontem no Tribunal de Penafiel, o ex-jogador de futebol, agora com 46 anos, confessou apenas um dos crimes, na Lixa, Felgueiras, a 27 de Abril do ano passado, e implicou a mulher, que também está a ser julgada mas recusou prestar, para já, declarações. Artur Gomes garantiu que foi Júlia quem o mandou matar e até sugeriu que foi esta quem desferiu um golpe com uma faca no pescoço da vítima.

"Entreguei-me para pôr um um ponto final no desespero. Tinha mais medo da Júlia do que ir preso. Sinto nojo. Perdi tudo o que tinha na vida", disse Artur Gomes perante os juizes, a quem admitiu que esteve presente no assalto em Joane, Vila Nova de Famalicão, que vitimou mortalmente Odete Castro, mas negou que a tenha matado.

Recorde-se que por esta morte um sobrinho da vítima, que já havia sido julgado e condenado, encontra-se agora em liberdade. Contudo, este crime encontra-se de novo em fase de inquérito. O julgamento prossegue no dia 16.


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