Tribunal ouviu antiga gerente da V. Carneiro sobre alegada falência da Sisalex

Prosseguiu esta quarta-feira o julgamento da alegada falência dolosa da Sisalex. Na sessão de hoje, prestou depoimento a antiga gerente da empresa V. Carneiro Rafael, filha da arguida Gracinda. A testemunha confirmou a existência do incêndio na empresa em 1994 mas que a maioria da tela existente em armazém e que foi consumida pelas chamas era, na sua maior parte, pertença da própria V. Carneiro. Questionada pelo Pocurador Adjunto, a testemunha afirmou desconhecer se algum cliente tinha no referido armazém tela avaliado em cerca de 30 mil contos. Se calhar 30 mil contos é muita tela, afirmou a testemunha que considerou não ser normal os clientes terem quantidades significativas de tela em armazém na V. Carneiro para acabamento por se tratar de um processo contínuo. Uma afirmação que de alguma forma contraria uma carta da Sisalex enviada logo após o incêndio a reclamar mais de 30 mil contos de tela que se encontariam na V. Carneiro para acabamento. Por outro lado, a testemunha confirmou que a sua empresa comprou à Sisalex por conta de créditos duas cardas e 16 teares que continuaram a trabalhar nas instalações da Sisalex e para esta empresa, por contrato de comodato. Ou seja, como referiu a própria testemunha, em regime de aluguer gratuito. Uma tese que não convenceu o Procurador Adjunto que interrogou a testemunha se essa era uma prática
corrente obtendo como resposta que a sua preocupação foi defender os
interesses da sua empresa, ou seja assegurar o valor correspondente aos
créditos.
O julgamento prossegue no próximo dia 15.

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