Julgamento da Dextra: Tribunal requer cópias de cheques ao BES

Prosseguiu esta terça-feira o julgamento da alegada falência dolosa da Dextra. Na sessão, o Tribunal notificou o Banco Espírito Santo para facultar cópias dos cheques emitidos pela Dextra ao portador, ou a favor dos arguidos ou da própria Dextra. O Tribunal concedeu quatros dias ao BES para ceder as referidas cópias que pretendem dissipar dúvidas sobre pagamentos efectuados pela Dextra aos arguidos entre Mais de 1995 e Junho de 1997.
Na mesma sessão, o tribunal prescindiu da testemunha António Cardoso, de Barcelos por ser imperceptível o seu depoimento. No entanto, ainda foi possível ouvir este empresário confirmar ter sido proprietário da empresa Cardão e que forneceu vestuário à Dextra. Contudo, não atribuiu credibilidade a fotocópias de facturas da sua antiga empresa constantes nos autos. As dificuldades registadas na recolha do depoimento levaram a juiz a falar de"má vontade" da testemunha da qual, logo depois, o Ministério Público prescindiria.
Ao tribunal voltou o antigo motorista da Dextra João Maia para ser
confrontado com documentos sobre verbas que lhe eram entregues para
despesas. João Maia disse que recebia esse dinheiro do arguido Jorge Reis Costa para despesas, tais como gasóleo, portagens e refeições.
O julgamento prossegue quinta-feira.

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