Pimenta Machado financiava ou não o Vitória?
Pimenta Machado emprestava ou não dinheiro ao Vitória? Esta foi uma das questões que dominou a sessão desta quinta-feira do julgamento do antigo presidente do Clube. Para José Arantes é uma mentira que o Vitória se tivesse sustentado no património pessoal do então Presidente. Já Luís Cirilo afirmou que Pimenta Machado lhe afiançou isso algumas vezes.No seu depoimento, José Arantes disse que Paulo Antero, o antigo responsável pela contabilidade do Vitória, revelou-lhe preocupação por ver a conta corrente entre Pimenta Machado e o Vitória, alimentada por valores sem suporte documental. O antigo dirigente do Vitória exemplificou com 20 mil contos da compra do central brasileiro Alexandre, numa transacção que acabou inscrita por 80 mil contos. Arantes contou ainda que três funcionários do Clube foram hiper-valorizados em matéria de salários que quase triplicaram. Disse Arantes que Paulo Antero, da contabilidade, José António, responsável das cotas e a secretária de Pimenta, Fernanda Oliveira, viram os salários quase triplicarem. Interrogado sobre a explicação para esse aumento salarial, a testemunha considerou que essa foi uma forma de Pimenta Machado tentar influenciar o processo judicial pelo qual responde.
O Tribunal ouviu também o director da Alfândega de Braga que confirmou que Pimenta Machado assumiu o processo de legalização de um mercedes de matrícula alemã que havia sido detectado a circular ilegalmente pela Brigada Fiscal. Manuel Oliveira afirmou que, no processo de legalização, Pimenta Machado utilizou uma procuração da empresa of-shore a quem inicialmente foram pagos os 90 mil contos pela transferência de Fernando Meira para o Benfica.
O julgamento prossegue esta terça-feira para ouvir as últimas três testemunhas da fase de produção de prova.
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