Processo de falências fraudulentas tem início no Porto
O julgamento do processo de falências alegadamente fraudulentas começa hoje no Porto, envolvendo um dos maiores gestores judiciais do país, Oliveira da Silva. De acordo com a acusação, dois funcionários judiciais dos Tribunais do Comércio de Gaia e de Santo Tirso influenciavam os juízes a nomear os liquidatários que estavam dentro do esquema, cabendo depois aos 15 gestores agora acusados avaliar o património abaixo do valor real, entregando posteriormente a venda das empresas falidas a sociedades leiloeiras que agiam em conluio, favorecendo os amigos. Todo o dinheiro obtido era, no final, distribuído pelas várias partes interessadas.Em causa estarão massas falidas de cerca de 100 empresas, a grande maioria do Norte do País. Algumas são de Guimarães e da região, nomeadamente JC Malhas, Malhas Dextra, Disnei, Peixoto e Filhos, Fiandeira Lordelo, Têxteis Fura, EDAN, Mercantil do Minho, e ainda a Sedas de Vizela
Os arguidos são acusados de 108 crimes de participação económica em negócio, 107 crimes corrupção activa, 11 de peculato e um crime de associação criminosa, sendo que, no decorrer da sua actividade criminosa, terão lucrado mais de cinco milhões de euros.
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