Invasão de moscas causa mal-estar em Selho S. Lourenço

Uma invasão de moscas está a causar mal-estar em Selho S. Lourenço. Os moradores estão preocupados com a propagação de insectos no interior de habitações, estabelecimentos comerciais e locais ao ar livre.
Várias pessoas ouvidas pelo www.guimaraesdigital.com reconheceram que durante o fim-de-semana em que se realizaram as Festas em Honra de S. Lourenço, a presença de moscas foi mais intensa. No entanto, o problema continua a verificar-se, apesar dos cuidados redobrados com a limpeza e higienização dos espaços, o fecho de portas e janelas e a utilização de insecticidas. 
Maria Lopes, de 88 anos, diz que nunca viu nada assim. “Moro aqui há tantos anos e está a ser insuportável. Espero que este calor passe depressa e leve esta praga”, referiu, no interior da sua residência munida de um mata-moscas. “Quando estou a cozinhar, tenho tanto medo que elas pousem nos testos das panelas, não imagina!” confessou.
Mesmo em frente da sua residência, situada na rua que atravessa a freguesia, o filho é o proprietário de um talho. “É demais”, desabafou, apontando para as moscas que procuravam pousar nos seus instrumentos de trabalho, apesar de estarem devidamente protegidos. 
Em dois cafés da freguesia, as moscas eram tema de conversa. Num deles, no lugar da Ribeira, à janela colocaram sacos com água. “Era como se fazia antigamente, temos que recorrer a todas as armas para as expulsar”, assinalou Rosa Baptista, considerando que a situação terá sido despoletada pela aplicação de lixo proveniente de um aviário num terreno agrícola. “Dizem que passou aí camião, a meio da noite e ninguém viu”, anotou, lamentando o mal-estar causado pela presença das moscas.
Por causa desta invasão, a comercialização de insecticidas aumentou. Num supermercado da freguesia, Emília Fernandes apercebeu-se do aumento da procura destes procutos. “É um horror! As pessoas não gostam de moscas, fazem tudo para se verem livres delas”, indicou.
O Presidente da Junta de Freguesia de Selho S. Lourenço reconheceu existência do problema. Daniel Macedo sublinhou que a situação foi mais grave no último fim-de-semana e terá resultado da aplicação de um fertilizante natural num terreno agrícola. O Autarca lembrou também que o aumento brusco das temperaturas verificado na semana que antecedeu as festas do padroeiro da freguesia terá igualmente contribuído para a propagação das moscas, insecto que durante o verão é presença indesejável em muitas residências.


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