48 anos da UMinho: Bragança quer duplicação da capacidade instalada da Escola de Engenharia

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O Presidente da Câmara de Guimarães assumiu como desafio e sonho a duplicação da capacidade instalada da Escola de Engenharia. Domingos Bragança falava na cerimónia evocativa dos 48 anos da Universidade do Minho que decorreu esta quinta-feira, no requalificado Teatro Jordão.

"A duplicação da capacidade instalada da Escola de Engenharia tem de se apresentar como um ousado, mas sábio investimento. Esta é uma ambição que humildemente proponho, e para a qual o Município de Guimarães se dispõe a trabalhar. É um sonho. É imaginação. Talvez! Mas se
transformarmos este sonho em vontade e projeto, poderemos, estou certo,
concretizá-lo, no que será mais um exemplo de Guimarães – Cidade Universitária – de
ciência, tecnologia e criatividade", afirmou.

Na sua intervenção, o Presidente do Município evocou a importância da Universidade do Minho que justifica uma relação institucional entre as duas entidades que aponta como objectivo o desenvolvimento integrado. O exemplo mais recente da relação colaborativa entre a Câmara e a Universidade é o próprio Teatro Jordão e Garagem Avenida, requalificados pelo Município para albergar cursos da Academia, que Domingos Bragança deseja que sejam locais onde nasça a "nova geração das artes". Mas o futuro próximo aponta para a criação de condições para a concretização de novos projectos: o Instituto Cidade de Guimarães e o Supercomputador no Avepark, o curso de Engenharia Aeroespacial, na Fábrica do Arquinho e a Academia de Transformação Digital, na Fábrica do Alto.

Em jeito de reconhecimento por esta relação cheia de "bons exemplos", a Universidade do Minho comemorou pela primeira vez o seu aniversário em Guimarães e fora do seu espaço, como referiu o Reitor Rui Vieira de Castro. "É um lugar diferente do habitual" explicado pelo "magnífico Teatro Jordão e Garagem Avenida e reconhecemos a generosidade de quem coloca agora estes edifícios à disposição da Universidade".

Depois de passar em revista as mais importantes actividades desenvolvidas pela Universidade ao longo de 2021 que foram fortemente condicionadas pela pandemia, Rui Vieira de Castro manifestou preocupação "pelas debilidades sistémicas" provocadas pela falta de financiamento do Estado.

"O nível de financiamento público que resulta desde logo da não aplicação de financiamento em vigor, coloca a Universidade do Minho sob contínua pressão orçamental e financeira com efeitos na renovação geracional do corpo docente e da sua progressão e também da requalificação das suas estruturas", afirmou.

Ora e ainda segundo Rui Vieira de Castro, este cenário "é ainda agravado e muito agravado pelas dificuldades sistemáticas que a Universidade têm em ver satisfeitos em tempo útil os reembolsos que lhe são devidos pelas entidades financiadoras". Objectivamente, acrescentou, "o crescimento da Universidade do Minho, no número de estudantes e genericamente na sua actividade, não tem tido a necessária correspondência no financiamento da instituição. O equilíbrio registado nos últimos exercícios financeiros exigiu, por isso, a adopção de restrições com impacto negativo na actividade pedagógica, científica e de interacção com a sociedade da Universidade".
Rui Vieira revelou que brevemente será inaugurado, no Avepark, o Instituto Cidade de Guimarães e que até final do verão será, provisoriamente, instalado no polo de Azurém, o supercomputador que será definitivamente instalado no Avepark, até final deste ano de 2002. E Domingos Bragança deu conta de que no decorrer da sessão, foi informado que o Ministério das Finanças desbloqueou o processo que estava a ameaçar comprometer a candidatura para a instalação de uma residência universitária nas instalações da Escola de Santa Luzia, na Rua Francisco Agra, em Guimarães.
Na cerimónia, foram distinguidos alunos e professores da Universidade do Minho, com destaque para a professora vimaranense Helena Machado, distinguida com o prémio Mérito Científico 2022.

Marcações: Universidade do Minho, 48 anos

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