Centro Juvenil de S. José disponibiliza 22 camas para estudantes da UMinho
Os estudantes deslocados da Universidade do Minho vão ter disponíveis 22 camas no Hostel Oficinas de São José, em Guimarães. Este foi o acordo assinado hoje entre os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) e o Centro Juvenil de São José (CJSJ), num protocolo que serve para o alargamento de oferta de alojamento.
O protocolo vigorará por nove meses, com perspectiva de renovação no próximo ano lectivo.
A medida do CJSJ, segundo o presidente da direcção Fernando Xavier, deve-se à diminuição dos hóspedes de um Centro que chegou a acolher 130 hóspedes, mas que hoje regista pouco mais de 20 e, consequentemente, menos receita da Segurança Social.
O administrador dos SASUM, António Paisana, fala de uma taxa de ocupação das residências universitárias, nos últimos cinco anos, com uma média anual que se cifrou entre os 98,19% e 99,38%. Desde 2015, foram alojados 32% dos bolseiros deslocados em Guimarães, um número superior ao registado em Braga (17%).
No passado ano lectivo, a UMinho contabilizava 1.012 alunos bolseiros deslocados, com 320 alunos nas residências, o que equivale a cerca de 32%. Este ano, as residências "rapidamente" atingiram capacidade plena, deixando um número de camas livres muito reduzido, concretamente 34 camas. Já em Outubro de 2018, Guimarães regista 366 alunos bolseiros alojados nas residências, mais 14% do que em 2017, tendo registado o maior aumento dos últimos três anos. De referir que a cidade-berço 482 camas disponíveis.
Para além das 22 camas agora atribuídas com o protocolo, os SASUM tem 106 alunos em lista de espera para alojamento, metade dos quais alunos bolseiros. "A escassez de oferta de alojamento público é notória e urge encontrar soluções de oferta de alojamento privado para estudantes universitários", afirmou Administrador dos SASUM, António Paisana, apontando que esta "seja a primeira de muitas parcerias de sucesso".
O presidente da Associação Académica, Nuno Reis, assumiu que este é um problema que tem estado em "debate" e é um problema "grave", pedindo o reforço de apoios à construção de residências universitárias.
Na sua intervenção, Adelina Paula Pinto, vereadora a Educação, referiu que o protocolo pode ser apresentada aos privados como uma "oportunidade" e sublinhou que o município "está a fazer o seu trabalho", recordando a intenção de criar residências no edifício da antiga Escola de Santa Luzia e no Monte Cavalinho.
Já o Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, mostrou agrado pelo crescente número de estudantes que frequentam a Universidade, mas assumiu que este factor traz "inevitavelmente" problemas e coloca "desafios para as instituições e comunidades". "Estamos empenhados em encontrar um conjunto de soluções para este problema", explicou Rui Vieira de Castro, deixando o alerta para o Governo: "o Estado deve estar atento à gravidade deste problema e tomar medidas".
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