Universidade do Minho recebe maior festival ibérico de dinâmica de mecanismos
A Universidade do Minho acolhe hoje e amanhã o Festival Dinâmica de Mecanismos, o maior do género da Península Ibérica, com mais de 150 alunos em provas de lançamento de projéteis e de minicarros em descidas e acelerações. Os mecanismos realizados têm em conta os princípios da mecânica e procuram os melhores desempenhos, soluções criativas, design inovador e sustentabilidade ambiental, além de se fomentar o espírito de equipa. A iniciativa decorre das 9h30 às 16h30, no campus de Azurén, em Guimarães, e atribui prémios aos autores dos melhores trabalhos. A entrada é livre.
O hall central da Escola de Engenharia vai ser o palco das três competições principais, que envolvem estudantes de Mecânica, Polímeros e Design de Produto da UMinho. “Lançamento de Projéteis” consiste em preparar um mecanismo capaz de atirar com precisão e força, por exemplo, uma bola de ténis de mesa para determinado alvo. Na “Corrida Só Acelera” constrói-se um carrinho do tipo dragster para, acionado por uma mola, percorrer cinco metros o mais rápido possível. Já na “Corrida Só Desce” é preciso desenvolver um carrinho do tipo pinewood derby, usando um bloco de madeira de pinho, quatro rodas de plástico e quatro pregos.
“Os alunos estão ansiosos para poderem demonstrar a eficiência e a performance de diversos mecanismos que elaboraram ao longo do ano letivo, com base nos conhecimentos científico-tecnológicos adquiridos”, explica o professor coordenador Paulo Flores, ligado ao Departamento de Engenharia Mecânica e ao Centro de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos da UMinho. O Festival Dinâmica de Mecanismos insere-se nas atividades da disciplina “Integradora II” e captou o interesse do mercado, sendo apoiado por uma dezena de empresas e instituições, como o MIT Portugal, a BMW, a Porsche e a FNAC.
A iniciativa, que já tem uma dimensão comparável a eventos do Reino Unido, despontou há uma década, num registo mais contido, com o professor José Luís Alves a propor aos alunos projectos de carácter aberto, ou seja, com várias soluções possíveis, através de protótipos físicos e virtuais, adequando a complexidade ao seu grau de formação e à sua ligação à profissão, valorizando assim a avaliação e a aprendizagem em contextos práticos.
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