Presidente da Câmara apela à convergência política para «conquistar» metro de superfície

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O Presidente da Câmara pediu convergência política para pressionar e levar o Governo a construir a ligação entre Guimarães e Braga por metro de superfície e a consequente ligação a alta velocidade. Domingos Bragança falava na sessão extraordinária da Assembleia Municipal para debater o tema Direito à Mobilidade - Plano Ferroviário Nacional.

Segundo o Edil «conquistar» o metro de superfície "exige convergência entre todos, obviamente com a pluralidade e a abordagem que cada partido possa ter", acrescentando que "os objectivos estratégicos são tão essenciais e difíceis de obter que temos de estar todos convergentes".
Da minha parte, tudo farei para conseguir concretizar este metro ligeiro de superfície mas só posso garantir trabalho, empenho e entusiasmo mas não posso garantir sucesso porque isso obriga a um acordo com quem a nível nacional tem que decidir sobre isto", sublinhou.

Com este objectivo deixou o repto aos deputados para "junto dos vossos partidos façam a pressão necessária. Está tudo bem encaminhado, os governantes estão a concordar mas «até ao lavar dos cestos é vindima», por isso temos de manter a pressão que deve ser feita por todos os partidos em nome de Guimarães".
O PSD reagiu ao repto do Presidente da Câmara. César Teixeira sublinhou que a convergência não é possível num processo de "imposições". Na sua intervenção começou por alertar para "um ponto que é importante e que devemos ter presente quando partimos para um debate desta natureza".
"Convergência passa pela aproximação de posições, convergência não é nós irmos de encontro à posição que é sufragada pelo Executivo", salientou.
O representante do PSD vincou depois que o Presidente da Câmara "tem todo o nosso apoio para algo em que possa haver convergência porque a convergência passa por um debate e um acordo prévios. Não passa, longe disso, por uma imposição de posições".

Numa sessão proposta pela CDU, o representante desta Coligação, Torato Ribeiro, reiterou que a aposta certa de Guimarães deve ser na via férrea. André Almeida, do Chega, apelou a que se "deixem as diferenças ideológicas para exigir mais e melhor para Guimarães". O CDS-PP, através de Teresa Costa lamentou que, por via da opção do Governo, Guimarães fique "mais longe da alta velocidade". Sónia Ribeiro, do Bloco de Esquerda, sublinhou que "estamos perante uma escolha política que hipotecou o futuro de Guimarães" e César Teixeira, do PSD, depois de afirmar que "somos a capital dos estudos", sublinhou que a localização da prevista estação da alta velocidade não serve os interesses de Guimarães. Já para o PS a ligação à cidade de Braga defendida pelos socialistas insere-se numa política de promoção do transporte público de passageiros. Hugo Teixeira sublinhou que o seu Partido e a Câmara, "queremos soluções ajustadas à medida das necessidades do Concelho".

Numa sessão em que o foram novamente apresentados o relatório preliminar do «Estudo de Apoio à Decisão para a interconectividade de Guimarães com a rede ferroviária de alta velocidade» e estudo sobre «Desenvolvimento do Estudo de Sistema de Transporte Público em Via Dedicada», o Presidente da Câmara sublinhou a oportunidade que não deve ser perdida de iniciar o processo de construção do metro de superfície para ligar os quatro concelhos do Quadrilátero Urbano.

A Assembleia Municipal aprovou duas moções. Uma da CDU denominada «Guimarães não poder continuar a ver os comboios passar», com a abstenção do PS e outra do Partido Socialista, sobre o mote «Direito à mobilidade» que apela ao Governo para incluir no Plano Ferroviário Nacional de um sistema ferroviário ligeiro entre as cidades de Guimarães e Braga.
Uma moção do Chega denominada «Comboio é passado, presente e futuro» foi rejeitada com os votos do PS e abstenção da CDU e Bloco de Esquerda.


Marcações: Assembleia Municipal, ligeiro, metro , superfície

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