Proposta de compra da Coelima evitou a "morte" da empresa, segundo o sindicato

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A proposta de compra da Coelima, que deu entrada na última sexta-feira no Juízo de Comércio do Tribunal de Guimarães das empresas RTL SA e José Fontão e Cª Lda., salvou a empresa da "morte", segundo o coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira. 

Num plenário de trabalhadores realizado hoje em frente às instalações da empresa, na presença de dezenas de trabalhadores, o sindicalista apontou que caso não existisse a proposta, amanhã os trabalhadores não tinham trabalho. "Caso não existisse proposta, hoje seria o último dia de trabalho na Coelima. O plano para assassinar a Coelima foi decidido no momento em que decidiram apresentar à insolvência", disse. 

A referida proposta foi formalizada na sexta-feira e aponta para a aquisição definitiva de estabelecimento comercial e industrial da Coelima. Na proposta, as duas empresas solicitam um prazo de 30 dias para apresentação de um plano de negócios. Como manifestação de interesse, as duas referidas empresas manifestaram disponibilidade para adiantamento de 200 mil euros, valor considerado necessário para manter a Coelima em funcionamento e algo destacado pelos sindicalistas.

Francisco Vieira defendeu que a Coelima tem um património que ronda os 15 milhões de euros, apetecível para qualquer investidor, e adiantou que outras propostas podem aparecer. "Espero que o Estado português tudo faça para manter a Coelima. Não são 250 trabalhadores, mas 250 famílias e várias empresas subcontratadas pela Coelima. Acho que conseguimos evitar a morte neste momento e pode aparecer outras propostas. A maioria dos trabalhadores quer a continuidade da empresa", sublinhou. 

A secretária geral da CGTP marcou presença no plenário. Isabel Camarinha destacou o valor dos trabalhadores da empresa Coelima e espera que o Governo ajude neste processo. "Os trabalhadores estão expectantes com esta proposta ou com outra que possa surgir no sentido de garantir a viabilidade da empresa, os postos de trabalho e os salários. A Coelima tem trabalhadores com um conjunto de competências que é difícil conseguir. Nós precisamos garantir, e o Governo tem um papel fundamental, que a nossa indústria não desapareça. Pelo contrário, tem de se desenvolver e por isso é importante manter empresas como a Coelima. Portanto, é necessário que o Governo garanta os direitos dos trabalhadores e do país", referiu Isabel Camarinha.  

O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes realizou ainda esta segunda-feira uma reunião com o Vereador da Divisão do Desenvolvimento Económico da Câmara de Guimarães, Ricardo Costa, e tem marcada nova reunião para o dia 4 de Junho, desta feita com o Ministro da Economia, João Leão.

Marcações: Coelima, plenário

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