Adega Cooperativa de Guimarães recebeu 850 toneladas de uvas
A qualidade promete ser boa, num ano inevitavelmente marcado pelos impactos da pandemia da Covid-19. A produção foi abundante, o que permite perspectivar um futuro incerto, mas risonho para o sector vinícola em Guimarães.
Apesar de mostrar-se bastante cauteloso, o Presidente da Adega Cooperativa deixa transparecer optimismo perante o resultado da campanha de 2020 que terminou recentemente. "Foi a primeira vindima que fizemos com estas circunstâncias", observou José Sequeira Braga, ao explicar que a colheita e processamento das uvas também obedeceram às restrições e medidas de segurança decorrentes da necessidade de evitar o contágio do coronavírus SARS-CoV-2.
"Tivemos uma excelente produção, principalmente ao nível dos brancos. Nos tintos, a verificou-se que a produção de uvas tintas foi menor", precisou o responsável, ao frisar que "a vindima fechou com a recolha de cerca de 850 toneladas de uvas, o que é um número bastante bom e que permite encarar o ano com uma certa tranquilidade".
Quanto à qualidade, frisou: "foi bastante boa, uma vez que conseguimos fugir entre os pingos da chuva a alguns problemas que afectaram a produção. A vinha é uma actividade agrícola, a agricultura desenvolve-se ao ar livre onde se está sujeito ao frio e ao calor, à chuva e ao vento".
Por isso, com confiança, o Presidente da Adega Cooperativa de Guimarães considerou que "a crise que todos estamos a viver e das consequências que todos enfrentamos "a cultura da vinha e o vinho está a mostrar-se bastante resiliente". "Claro que não era isto que pretendíamos, não era o que nós contávamos no início do ano", ressalvou, acrescentando: "apesar de tudo, estamos a aguentar-nos bastante bem, não estamos a crescer como queríamos, mas também não estamos a cair em termos de vendas".
No seu entender, uma vez ultrapassadas as limitações actuais, "o sector vai de novo apresentar os níveis de crescimento atingidos em anos anteriores". "Não sabemos quando é que vai ser, mas tenho a absoluta convicção de que o negócio tem futuro", assumiu, reconhecendo a imprevisibilidade que atinge o ciclo da vinha, mas que não chega para desanimar os produtores.
Nas suas instalações situadas em Prazins Santo Tirso, a Adega Cooperativa de Guimarães recebeu as uvas colhidas em cerca de 80 produtores, estando agora a decorrer o complexo e demorado processo de transformação em vinho.
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