Tribunal de Guimarães admitiu «PER» da Moritex
O Tribunal de Guimarães admitiu o Processo Especial de Revitalização, requerido pela administração da Moritex, empresa onde desde a passada sexta-feira os trabalhadores estão concentrados, formando piquetes de vigilância.Esta quarta-feira, o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes informou os trabalhadores que continuam diante das instalações em Pinheiro da evolução registada no processo. Francisco Vieira considera que é uma “boa notícia”, mas os trabalhadores só deverão decidir se desmobilizam ou não da porta da empresa quando ouvirem garantias da “administradora” nomeada pelo tribunal.
Os trabalhadores da Moritex, segundo o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, são credores de cerca de 230 mil euros em salários, em resultado da falta de pagamento de parte das remunerações de Abril, a totalidade de Maio, Junho, Julho e subsídios de férias. Muitos dos trabalhadores pediram a suspensão e a rescisão dos contratos de trabalho por falta de pagamento.
Na sexta-feira, o sindicato avançou com o pedido de insolvência da Moritex, sendo que depois a administração deu entrada com um PER. Os trabalhadores têm mantido vigilância às instalações 24 horas por dia, fazendo turnos, contando com a solidariedade e ajuda de familiares e vizinhos.
Esta manhã, os trabalhadores receberam a visita de um dirigente nacional do Bloco de Esquerda, Pedro Soares, que enalteceu “a união dos trabalhadores”.
Já esta tarde, a deputada do PCP, Carla Cruz, também contactou com os trabalhadores, na maioria mulheres, expressando igualmente a sua “solidariedade”.
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