VÍDEO | Eleições Vitória | Luís Cirilo em entrevista: "Tenho toda uma vida ligada ao Vitória"
Durante uma hora, o líder da Lista A apresentou os argumentos que o levaram a avançar com uma candidatura. Ao mesmo tempo, apresentou as ideias que pretende implementar nos próximos três anos, se for eleito a 1 de Março, assim como críticas à gestão de António Miguel Cardoso.
O que o levou a a avançar agora com uma candidatura às eleições do Vitória?: “A primeira razão é que, de facto, eu tenho 52 anos associado. Tenho, de facto, toda uma vida ligada ao Vitória, como dirigente, essencialmente como associado e como adepto, que é o mais importante, mas também como dirigente, também colaborando na comunicação social, distrital, local, nacional, nomeadamente aqui na Rádio Santiago e no DESPORTIVO de Guimarães. São realmente muitos anos de vida pública em torno do Vitória e uma vida pública em torno do Vitória, da qual tenho muito orgulho. Eu servi o Vitória em várias circunstâncias, nomeadamente comecei como redator amador do Jornal do Vitória, no tempo em que ele se publicava em papel, depois estive em várias direções e fui de facto vice-presidente. Bo tempo do presidente António Pimenta Machado também fui Secretário Geral do clube, que era o número 2 da Direção, dado que nesse tempo não havia estatutariamente vice-presidentes. Também tive muito orgulho em ter estado na Mesa da Assembleia Geral durante o mandato, em ter sido presidente da Comissão que comemorou os 75 anos do Vitória e em ter estado também a coordenar durante alguns meses a comissão que celebrou o centenário do clube. Portanto, é uma vida de facto em que o Vitória foi, e muitas vezes, quase sempre a minha segunda família."
Respondendo diretamente à questão, porquê agora?: “Eu equacionei seriamente ser candidato em 2012, porque na altura o presidente Emílio Macedo vinha a fazer um mandato já com muitas dificuldades, já com muita contestação.”
Mas depois foi convencido por Júlio Mendes?: “Depois, é verdade, a candidatura que também se esboçava do engenheiro Júlio Mendes, falou comigo e com outras pessoas que estavam comigo, conversámos e entendemos que se calhar para o Vitória seria melhor uma conjugação de esforços em volta de uma só candidatura. Aí sim, em 2012, pensei seriamente em ser candidato. Acalentei durante anos essa ideia e confesso que nos últimos 10, 12, 15 anos acalentei-a mais fortemente. Ora, as coisas são assim, nem sempre temos condições pessoais que nos permitem estar disponíveis quando às vezes é preciso. E eu entendi que agora sim, nesta altura, tinha essas condições e, portanto, aqui estou.”
E escolhe um timing que, teoricamente, não é o mais propício ou é longe disso?: “O timing é o que é. Entendo a questão. Entendo a questão, claro, mas eu vou para esta candidatura com as pessoas que me acompanham, sem estarmos muito preocupados, a não ser com as condicionantes próprias da vida do clube, não estamos muito preocupados com esse tipo de timings. As eleições são agora, foi agora que decidimos candidatar-nos e, até, dando sequência, é preciso que se diga ao seguinte. E a verdade é que eu, nestes três anos da direção do doutor Miguel Cardoso, pese embora ter havido aqui ou ali alguns pormenores em que ele esteve bem, e eu elogiei-o publicamente, nestes últimos dois anos, se quisermos, o meu desagrado, o meu descontentamento, enquanto associado, tem a ver com o rumo que o Vitória está a levar.”
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