Conselho Fiscal aconselha plano de reestruturação da dívida do Vitória e recorda peso do “negócio de ‘conveniência’ com o FC Porto” da anterior Direção

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O Conselho Fiscal do Vitória emitiu um parecer favorável à aprovação do Relatório e Contas do clube, assim como da SAD.

O órgão liderado por Ricardo Lobo alerta para a necessidade de ser “mantida uma gestão rigorosa do orçamento do clube versus o executado, tendo sempre em conta que o clube ainda está sob a alçada de um PER.” Ao mesmo tempo, o Conselho Fiscal aconselha a Direção que ao nível da gestão da SAD, e em virtude do elevado passivo, deve “preparar um Plano de Reestruturação dessa dívida, passando de curto prazo para médio e longo prazo. Só dessa forma é que o problema de estrangulamento permanente da tesouraria da SAD poderá ser aliviado.” Aquele órgão acrescenta ainda que a Administração “deve empreender um controlo orçamental mais apertado. Já no ano passado alertamos a Direção de que deveria ter um cuidado especial na gestão da dívida. Entendemos que com o elevado stock de dívida e apesar das taxas de juro estarem numa trajetória descendente, ainda assim o valor com estes encargos irá ter um impacto relevante nos resultados dos próximos exercícios.” “Não há reestruturação financeira de sucesso sem que seja acompanhada de sucesso desportivo. Este equilíbrio é difícil de ser conseguido, mas não é impossível; antes pelo contrário, é fundamental e determinante”, pode ler-se ainda.

No mesmo parecer, o Conselho Fiscal recorda “o negócio de ‘conveniência’ com o FC Porto”, com as transferências de Francisco Ribeiro e Rafael Pereira, no mandato de Miguel Pinto Lisboa. “Convém esclarecer os sócios dos seguintes pontos: Em 20/21 a Vitória SC SAD teve um proveito “artificial” de 15 milhões de euros. Sem esta situação, o RLE desse período teria sido de -23.246.496 euros em vez de -8.246.496 euros. Ao herdar na contabilidade esse negócio, a Administração da SAD e os restantes órgãos sociais sabiam que iriam onerar futuramente custos de 15 milhões de euros. (…) A atual Direção acumula, nos dois anos completos de exercício de mandato, um prejuízo total de 5.916.793 euros, que comparamos com o exercício de 2020/2021 que teve um prejuízo total (sem o negócio FCP) de 23.246.496 euros. Tal ao somar-se ao prejuízo de 2021/2022 de 10.196.494 euro, soma um total de 33.442.990 euros”.


Marcações: Vitória Sport Clube

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