Sócios do Serzedelo voltam a reunir em Assembleia Geral para discutir solução directiva para o clube
Com o final do mandato dos actuais responsáveis do Serzedelo, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Raul Peixoto, entende que chegou o momento de se discutir a sucessão directiva. Recorde-se que depois da demissão de Joaquim Faria, há um ano, o Serzedelo foi gerido pelos quatro vice-presidentes que continuaram em funções: João Ribeiro, Vítor Silva, Manuel Silva e Rui Monteiro.
Assumindo o impasse que o clube está a viver, Raul Peixoto indica que “têm sido dados passos” no sentido de encontrar soluções que evitem decisões mais drásticas. “No Serzedelo, já é uma tradição nos últimos anos vermos que há dificuldades para colmatar estes problemas com a sucessão directiva. Todos nós, os sócios que vivem o clube há mais anos, temos diligenciado no sentido de procurar encontrar as melhores soluções, pessoas que possam organizar-se para ajudar o clube. Tal foi sempre possível nos últimos anos, pelo que ficaram novamente de ser efectuadas diligências junto de várias entidades, entre as quais a Junta de Freguesia, para podermos encontrar uma solução para uma eventual candidatura. Voltamos a reunir esta quarta-feira com a expectativa de perceber se é possível avançar com a constituição de um novo elenco directivo, vamos aguardar que cheguem propostas. O histórico diz que as coisas não têm sido fáceis, mas que se encontra sempre uma solução. Por vezes, são necessárias mais Assembleias, vamos todos aguardar serenamente e fazer o nosso trabalho para que a instituição tenha continuidade no panorama da Associação de Futebol de Braga”, contou aquele responsável.
A despromoção à 1ª Divisão “não deve condicionar este desafio”, antecipa Raul Peixoto, que, por outro lado, defende que os constrangimentos financeiros que afectaram o clube nos últimos anos são o principal óbice a que a estabilidade seja um cenário real: “Isto pode ser uma eventual saída para o impasse, por vezes precisamos de reiniciar as coisas. O Serzedelo terá de disputar o último escalão, é um recomeço. A grande questão sobre o futuro prende-se com a situação financeira. São problemas do passado, que transitam de Direcções anteriores, como o não pagamento da última tranche, no valor de 50 mil euros, ao empreiteiro que realizou a obra de construção do relvado sintético. Depois, há outro processo, que surgiu há menos tempo, que resultou da proposta da Câmara Municipal, com a Junta de Freguesia, para a construção de um pavilhão desportivo e os novos balneários. As leis foram alteradas, o projecto não avançou, ainda está pendente o processo de regularização dos terrenos, e agora temos o débito à arquiteta que realizou o projecto. O Serzedelo tem solicitado o apoio da Junta de Freguesia, porque o projecto tinha o patrocínio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, mas a Junta não tem feito todas as diligências que podia para solucionar este caso. Ou seja, não temos apenas a questão desportiva, mas sim estas situações pendentes, que não têm sido possíveis resolver, o que complica o aparecimento de uma lista”, sentenciou.
Marcações: Grupo Desportivo de Serzedelo