Tomás Händel abordou metas na Liga Conferência: "Será um adversário difícil, mas somos o Vitória e temos de passar"

images/fotoarquivo/2018/desporto/Vitoria20232024/Jogadores/Handel1.jpg

O médio vimaranense Tomás Händel apontou, esta quarta-feira, os objectivos que o Vitória vai tentar concretizar na temporada 2023/2024. Numa conversa com os jornalistas, antes do treino que teve lugar na Academia, o médio destacou a importância de assegurar o apuramento para a fase de grupos da Liga Conferência Europa.

Espera que a nova temporada seja bastante diferente da última: "Sim, sem dúvida, em primeiro lugar a nível individual. Espero nunca mais ter uma lesão como a que tive no ano passado para poder jogar com mais regularidade, para dar progressão ao meu crescimento. A nível colectivo fizemos uma época muito boa, acima das expectativas, por isso ambicionamos tentar fazer ainda melhor."

Foi uma boa temporada, mas difícil?: "Sim, boa mas difícil. Tivemos muitas contrariedades, a união de grupo foi o suporte para o sucesso que alcançamos."

Que caminho é que o Vitória terá de fazer para conquistar mais do que na época passada?: "O caminho passa por trazer muitas coisas que fizemos na temporada passada. A verdade é que foi muito importante transitar o grosso do grupo para este ano, o treinador é o mesmo, as ideias já estão mais consolidadas, o que é muito importante para que possamos continuar a consolidar o processo possamos ter ainda mais sucesso."

Que características são essas que refere?: "O que destaco é a união que temos no grupo, o ADN do que é o Vitória, que muita malta percebe. Sabemos a exigência que este clube tem, que a cidade assim o exige. Isso é bom, representar o Vitória é extraordinário pela exigência que há."

Que lições tirou do ano passado? Cresceu a nível pessoal e profissional?: "Foi uma prova muito complicada para mim a nível mental. A verdade é que foi mais uma lição de resiliência para mim, portanto não posso desistir. Ver os meus colegas a partir da bancada, por vezes a passarem por momentos menos bons e não conseguir ajudar, não foi fácil. Mas, isso está ultrapassado. Agora, estou aqui, que é o mais importante."

Como perspectivam o regresso à Liga Conferência?: "É muito bom poder voltar a competir para tentar entrar nas competições europeias. Temos de admitir que é um objectivo nosso. Foi para isso que lutamos na época passada, é isso que tentaremos fazer este ano. A entrada dos novos jogadores acrescentou qualidade, vão ser muito bem recebidos porque o grupo é fantástico."

Qual é a mensagem forte do Moreno para esta temporada?: "O Moreno tem uma personalidade muito genuína. O que ele nos diz é que temos de dar tudo dentro do campo, as coisas podem, por vezes, não sair tão bem, mas se dermos tudo por este clube acho que está tudo bem. Temos de perceber a exigência de representar o Vitória."

Muitas vezes pergunta-se ao jogador de cresceu, mas como avalia o crescimento do treinador?: "Já tinha trabalhado com o Moreno na equipa B, sem dúvida que cresceu muito. Um ano de 1ª Liga dá-lhe muita bagagem para que o que vem a seguir. Apesar de ter trabalhado com ele anteriormente, já consigo perceber melhor as ideias, isso é o melhor para o clube."

Ser um dos capitães aos 22 anos é o significado daquilo que o Vitória é neste momento?: "Sem dúvida. Primeiro, é um orgulho ara mim ser capitão deste clube, não só porque represento o Vitória há muitos anos, mas também porque qualquer jogador que passa pela formação sonha em jogar na equipa principal e ser capitão. Estou a viver um sonho, o facto de termos tantos jovens na equipa serve para os jovens da formação acreditarem que é possível chegar aqui. Se trabalharem bem podem chegar aqui, porque o Vitória está a apostar muito nos jovens."

E como os mais velhos olham para isso?: "Não sou tanto de ordens mas de tentar dar o exemplo em tudo o que faço. Acho que esse é um dos motivos para integrar o grupo dos capitães."

O primeiro desafio surge dentro de um mês. A exigência de colocar o Vitória na fase de grupos da Liga Conferência é maior esta época?: "No ano passado foi complicado porque não tínhamos tanta experiência e não sabíamos lidar tão bem com o ambiente. Estamos muito melhor preparados, a nossa equipa evoluiu muito. Será um adversário difícil, como é óbvio, mas somos o Vitória e temos de passar."

Estão conscientes dessa responsabilidade numa fase em que Portugal precisa de pontos no ranking da UEFA?: "Estamos muito conscientes. O Vitória é um clube grande, tem de andar nestes palcos, tem de estar todos os anos nas competições europeias. Isso é importante para o clube, mas também para os jogadores e os treinadores, que têm oportunidade de continuar a crescer. É imperativo o Vitória estar sempre nestas competições."

É normal não chegar no auge da preparação a estes jogos?: "Vamos ter quatro semanas de trabalho, com vários amigáveis. O objectivo da equipa técnica é colocar-nos nas melhores condições físicas para que possamos chegar ao primeiro jogo e dar uma boa resposta."


Marcações: Vitória Sport Clube, Tomás Handel

Imprimir Email