Pedro Ferreira: "Ponte está a trabalhar num projecto que permitirá dar passos largos no que concerne à formação"

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Decorreu ainda pouco tempo após a sua eleição, mas como é que tem sido esta experiência na liderança do Ponte?: "Tem sido uma experiência bastante satisfatória, apanhei o clube numa fase espectacular, está estável, vive com estabilidade, temos os recursos humanos como sempre quisemos ter e está a correr tudo bem".

Já tinha algum lastro de experiência, porque pertencia aos órgãos sociais. Nesse sentido foi mais fácil a transição?: "Claro que sim. O grosso da anterior direcção continuou junto de nós e tentamos que nesta direcção existisse sangue novo, pessoas úteis da vila que daqui a uns anos sejam Filipes Oliveira ou Pedros Ferreira para que haja uma transição suave, não haja problemas directivos no clube".

Alguma vez cogitou esta possibilidade de ser presidente, era algo a que aspirava?: "Efectivamente era um desejo meu. Como já disse em anteriores intervenções, não era o momento ideal, mas acabou por tornar-se. Não era a altura mais fácil, mesmo a nível familiar, mas o convite surgiu agora e eu devia isso ao Ponte".

Aceitou porque continua a ter o respaldo do Filipe Oliveira, um aliado precioso?: "Isso foi questão de honra, de sim ou não. Tinha de o ter perto de mim, o futebol passa todo pelas mãos dele. A transição foi feita de modo mais suave porque continua comigo quem eu queria que continuasse e em todas as áreas do clube a transição foi fácil. O Filipe é e continuará a ser sempre uma pessoa importante neste clube, senão mesmo a mais importante".

E nesse sentido é um peso substancial sucedê-lo?: "Enorme, enorme. Não posso deixar de pensar nisso todos os dias, porque em qualquer canto do clube vê-se um pormenor do Filipe Oliveira. Marcou o Ponte nos últimos cinco anos enquanto presidente, mas grande parte da sua vida foi passada neste campo de jogos".

Encontrou o Ponte numa fase estável do ponto de vista desportivo e financeiro?: "Sim, nas duas vertentes. Nem sei se estamos mais estáveis financeira ou desportivamente".

Isso é fundamental para preparar o futuro próximo?: "Um dos pontos de honra é que ano após ano existam bases para trabalhar na próxima época, que nunca estejamos à espera dos últimos dias".

E essa estabilidade permite ter objectivos mais ambiciosos no plano desportivo?: "O Filipe já era um pouco assim mas eu sou pior. Não consigo estar por estar. Temos que ser ambiciosos - ao mesmo tempo realistas - mas não faz sentido habituarmo-nos a estar numa determinada posição. No ano seguinte temos, no mínimo, de subir uma etapa. Se acabámos em terceiro, o objectivo é melhorar ou no mínimo igualar".

E nesse sentido foi importante dar sequência ao trabalho bem desenvolvido pelo Zé Faria?: "O Zé Faria foi, desde a primeira hora, a nossa única opção. Nunca tivemos um plano B, porque acreditávamos que se lhe déssemos condições para continuar o bom trabalho que desenvolveu isso seria fundamental".

Nos últimos anos assistimos a um crescimento exponencial das infraestruturas e do futebol de formação. Pretende dar-lhe ênfase nos próximos anos?: "Ao nível das infraestruturas estamos a trabalhar num projecto que nos permitirá dar passos largos no que concerne à formação, que pretendemos sólida, que orgulhe todos os pontenses. Não queremos andar longe do patamar dos clubes da 1ª e 2ª Liga ao nível das condições".

E o que é que falta?: "Falta muita coisa. Os campos começam a ser poucos, os balneários não são demais, na próxima época avançaremos com a equipa de iniciados e em um ou dois anos contamos ter todos os escalões. O objectivo é ter duas equipas pelo menos até aos iniciados".

O grande objectivo é ter jogadores da formação na equipa principal?: "Esta época isso já será visível.Temos seis jogadores que transitam da equipa B para o plantel principal, tem que ser cada vez mais esse o caminho. Temos bons exemplos no futebol profissional e o Ponte também quer fazer disso bandeira".

A suspensão da equipa B é um contrassenso, tendo em conta a recente aposta na formação?: "A equipa B foi um projecto piloto e no nosso concelho quase todos os clubes suspenderam, mesmo aqueles que tinham o suporte da equipa júnior, o que nós não temos. A nossa equipa B viveu só com o seu plantel. Enquanto direcção achamos que não era uma equipa viável, todos os anos teríamos que reformular plantéis".


Marcações: CD Ponte

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