Liga decide que Vitória começa a cumprir castigo três jogos à porta fechada do ‘caso Marega’ na recepção ao Famalicão
Na sequência do castigo anunciado pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na semana passada, que ditou os jogos à porta fechada e uma multa de 53.500 euros, o Vitória decidiu recorrer da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto, mas a Liga de Clubes informou que a decisão disciplinar se vai tornar "imediatamente executória".
"Cumpre informar de que o cumprimento da sanção de três jogos à porta fechada terá lugar nos próximos três jogos a que a Vitória Sport Clube participe na condição de equipa visitada, designadamente o jogo a disputar com o Futebol Clube de Famalicão, a contar para a 32.ª jornada da Liga, o jogo a disputar com o Benfica, para a 34.ª jornada e o jogo seguinte que realize na condição de visitado", lê-se no comunicado emitido ontem à noite.
O organismo esclareceu que a SAD do Vitória renunciou ao prazo de 15 dias úteis para a sanção se "tornar executória", quer junto do CD da FPF, quer junto do Departamento de Competições da Liga de Clubes.
Os jogos com Famalicão e Benfica, os dois últimos da época no Estádio D. Afonso Henriques já iam realizar-se sem público nas bancadas, fruto das restrições associadas à pandemia de covid-19.
No jogo entre Vitória e FC Porto realizado em 16 de Fevereiro do ano passado, com triunfo dos ‘dragões' por 2-1, Marega recusou-se a permanecer em campo ao minuto 71, após ter alegado que foi alvo de insultos racistas por parte dos adeptos da formação vitoriana. Depois de pedir a substituição, Marega dirigiu-se para as bancadas com os polegares a apontarem para baixo, situação que originou uma interrupção do jogo durante cerca de cinco minutos.
Este caso já tinha dado origem a vários processos, por entidades distintas, outro deles pela Autoridade para a Prevenção e Combate da Violência no Desporto (APCVD), que puniu o Vitória também com três jogos em casa à porta fechada, mas estes terão de ser cumpridos após o regresso do público aos estádios. A SAD liderada por Miguel Pinto Lisboa recorreu desta decisão e criticou ainda o presidente da Liga, Pedro Proença, considerando que este desrespeitou "a separação de poderes", após ter tomado posição sobre uma decisão do Tribunal da Relação de Guimarães.
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