José Dias teme "que o Brito possa ter de fechar portas"
O Presidente da Assembleia Geral não se ficou por aqui em relação às críticas pelo facto de ninguém estar disposto a apoiar o Brito nesta altura difícil. “O clube é a segunda maior instituição da Vila. Isto é um descalabro. Ninguém dá este valor. O Brito tem 350 atletas federados. Faz as duas maiores festas de Brito (Britinho Cup e Britinho Door). A única ajuda que temos, é da Câmara. Estou revoltado por não haver qualquer ajuda, neste ano difícil. Por isso é que me vou embora. As pessoas estão à espera de que o Zé Dias volte a avançar, mas o Zé Dias está disponível apenas para ajudar”.
A descida de divisão também foi um tópico abordado, com José Dias a considerar que foi uma “injustiça” o Brito ter descido na série onde estava inseridos clubes como o Aves e o Camacha, que desistiram. O novo formato de subida da Pró-Nacional também foi criticado. “Agora os clubes da regional também querem subir com quatro ou cinco jogos. É uma injustiça terrível para quem andou aqui a ter de mandar certidões aos contabilistas a dizer que está tudo pago, para depois os clubes desistirem e nós termos de descer.”
José Dias também divulgou alguns planos que poderão vir a acontecer nas próximas semanas. Juntamente com alguns clubes que desceram de divisão, entre outros, o Brito pretende protestar contra a falta de apoios que assolou a grande maioria dos clubes do Campeonato de Portugal, falando mesmo de uma possível deslocação a Lisboa para ter uma reunião com o Primeiro-Ministro. “Contratamos dois advogados que vão defender os interesses dos clubes. Vamos até ao limite para que possamos valer aquilo que é justo. Em última instância, cada clube vai levar um autocarro a Lisboa e pedir uma audiência com o Presidente da República ou com o Primeiro-Ministro, no sentido de dizermos que fomos prejudicados em toda a linha. Ninguém nos ajudou em nada! As televisões prometeram que nos davam algo, mas não nos deram um cêntimo. É o campeonato da mentira”, justificou.