Moreirense empatou a zero com o Belenenses

O Moreirense não foi além de um empate a zero diante do Belenenses, em jogo a contar para a 27ª jornada da SuperLiga. Apesar de ter dominado quase todo o jogo, a equipa de Manuel Machado não conseguiu marcar. Do mal o menos. O Moreirense somou mais um ponto e tem a manutenção
praticamente assegurada do ponto de vista matemático. Um ponto somado num jogo que não foi nitidamente brilhante, apesar do início interessante e que deixava perceber outra qualidade. Isto porque a pressão asfixiante evidenciada pela equipa da casa na primeira vintena de minutos, remeteu o Belenenses para uma única intenção de jogo: defender intransigentemente a sua baliza. Nessa fase ‘alugava-se’ autenticamente meio-campo, com o Moreirense a trocar a bola e a flanquear vezes sem fim, diante de onze defensores! Basta sublinhar um dado que não deixa de ser sintomático desta postura. Aos 24 minutos, quando o Belenenses conseguiu, finalmente, aventurar-se pelo ataque, conquistando dois pontapés de canto consecutivos, já os ‘cónegos’ tinham desfrutado de oito!

De permeio, dois lances de relevo. Aos 4 minutos, o árbitro Carlos Xistra terá cometido o seu maior erro de análise quando não considerou passível de grande penalidade um lance em que Paulo Sérgio meteu a mão à bola dentro da sua área, após um cruzamento da direita. Mais tarde, como corolário do massacre ofensivo proporcionado pelo Moreirense, aos 21 minutos Armando atirou de cabeça à barra na sequência de um cruzamento de Luís Vouzela.

Antes do intervalo, e já com Lito em campo em substituição de Vítor Pereira, o Belenenses podia ter marcado. Aos 42’, Antchouet surgiu isolado mas o remate apanhou o destemido João pelo caminho. Excepção única da equipa do Restelo em termos ofensivos.

O segundo tempo foi diferente. Arrastou-se ‘melancolicamente’ até final com um Moreirense amordaçado pela estóica defensiva do Belenenses, sempre mais interessado em garantir o empate do que em discutir a plenitude do encontro e, por conseguinte, os três pontos. Acabou, no entanto, por esse o mérito da equipa de Inácio. Aguentou o ímpeto adversário e não lhe proporcionou grandes possibilidades de êxito, ainda que Manuel Machado tenha terminado a partida com três pontas-de-
lança e apenas três defesas. Elucidativo mas, nem assim, suficiente para definir-se como vencedor. Por ter defendido bem, e só por isso, o Belenenses mereceu o ponto que tanto procurou.

Carlos Xistra cometeu alguns erros de análise, quer disciplinar quer técnica. O mais importante foi o atrás referido. Não parece que Paulo Sérgio tenha metido a mão à bola involuntariamente, pelo que devia ter sido assinalada grande penalidade.

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