Sim ganhou mas proposta da Direcção do Vitória não passou em Assembleia Geral Extraordinária
Os sócios do Vitória rejeitaram este sábado, em Assembleia Geral Extraordinária, uma proposta da direcção que previa que qualquer alteração futura no pacto social entre o clube e a SAD tivesse uma prévia auscultação dos sócios precisamente em Assembleia Geral.Mais de 700 associados participaram nesta reunião que durou várias horas e na qual foi discutido exaustivamente o ponto 2 da Ordem de Trabalhos.
Dezasseis sócios usaram da palavra e a maioria esmagadora pronunciou-se desfavoravelmente em relação à proposta da Direcção, considerando que a sua redacção não atribuía poderes aos associados. Júlio Vieira de Castro, candidato derrotado nas últimas eleições, foi um dos que solicitaram à Direcção que alterasse esse teor da proposta, conferindo-lhe um carácter de deliberação e não de mera auscultação. Se assim fosse, votaria favoravelmente. Júlio Mendes aceitou a recomendação e a votação realizou-se, mas para que a proposta passasse tinha de ser aprovada no mínimo por 3/4 dos votantes.
Acabaria rejeitada, com 348 votos a favor, 254 contra, três brancos e um nulo.Desta forma, a discussão e votação do ponto 3, que apontava precisamente para uma alteração no pacto social do clube com a SAD, deixou de fazer sentido. Nesse ponto tratava-se do clube abdicar de um dos poderes de veto que tem para poder proporcionar a entrada de novos investidores na SAD.O último ponto, em que seria discutida uma questão relativa ao arrendamento do Estádio D. Afonso Henriques à SAD - ficar definido um período de 30 anos - também já não foi discutido, uma vez que a Direcção decidiu retirar a proposta. Júlio Mendes sublinhou, no final da Assembleia Geral, que vai "continuar a representar o clube, mas não vou decidir nada sem antes fazermos várias sessões de esclarecimento sobre estes assuntos em vários locais".