António Freitas não quer assumir presidência do Brito após renúncia de Ricardo Pizarro à A.G.
Com a tomada de posse agendada para o dia 30 deste mês, António Freitas revelou à Rádio Santiago que não pretende assumir o mandato depois de Ricardo Pizarro ter decidido renunciar a tomar posse como presidente da Mesa da Assembleia Geral.
“O senhor Ricardo Pizarro renunciou à presidência da Assembleia Geral e por isso entendo não seguir como eleito para a presidência do Brito”, disse António Freitas à Rádio Santiago. Questionado sobre se esta situação pode ser revertida, o dirigente empurrou a decisão: “Depende do senhor Ricardo Pizarro e não de mim”.
“Surpreendido” com esta situação, António Freitas lembrou que a a Assembleia Geral em que foi eleito “correu bem.” “Ninguém esperava isto”, notou, assinalando ainda que pode estar em causa a próxima época: “Já temos o plantel formado e tudo fica complicado. Vamos ter de dar explicações aos jogadores”.
RICARDO PIZARRO CONFIRMA DEMISSÃO E REAGE
Contactado pela Rádio Santiago, Ricardo Pizarro confirmou que decidiu não assumir o mandato como presidente da Mesa da Assembleia Geral. E explicou os motivos: “Sempre fui céptico em relação a esta solução para a Dircção. Também disse que o apoio que daria seria o meu melhor dentro da realidade, uma vez que não sendo mais presidente o meu trabalho para arranjar apoios é totalmente diferente. Se calhar, as pessoas estariam à espera que eu fosse um presidente na sombra, que arranjasse dinheiro para as pessoas porem e disporem no clube. Assim era muito fácil, para isso continuava eu. Houve também outras situações nesta fase de transicção de que eu não gostei e não aceito. Por isso, para mim é evidente que não podia continuar como presidente de uma Assembleia Geral de uma Direcção com que não tenho qualquer tipo de ligação. Percebo, pelo que estão a fazer nos últimos dias, que não é a filosofia para o Brito. Por isso, esta semana, depois de ainda ter organizado o Britinho Cup, pedi ao presidente da Assembleia Geral em exercício a minha renúncia do cargo que ia assumir.”
O ainda presidente do Brito, prosseguiu: “Entendo perfeitamente que as pessoas não sejam capazes, só não entendo o facto de que não estar nos Órgãos Sociais possa inviabilizar uma Direcção. Andam a apregoar a toda a gente que vão fazer um mandato muito bom, disseram na Assembleia Geral que têm condições para fazer um excelente trabalho, mas só por eu não estar já deixam de ter condições.”
Ricardo Pizarro reiterou “não estar disponível para continuar”, pelo que entende que José Dias, presidente da Assembleia Geral em exercício “terá de encontrar uma solução para o problema. Eu sou apenas o presidente da Direcção cessante”.
O dirigente notou ainda que a Direcção recentemente eleita “tem uma filosofia de trabalho, em alguns casos, totalmente diferente do que eu apregoo”, pelo que, sublinhou, “não tenho qualquer responsabilidade de apoiar. O clube tem de seguir a sua vida, não pode estar à espera que eu resolva os problemas todos, para isso ficava eu na Direcção. Esta Direcção arrancou com tudo, não entendo porque agora não podem avançar. Até fiquei surpreendido. Isto não é normal, porque primeiro teriam de marcar uma Assembleia Geral para comunicar o que se passa aos sócios. Só mostra a falta de capacidade que esta gente tem. Os receios que tinha confirmam-se, porque não se admite os sócios terem conhecimento de uma situação destas pela Comunicação Social. Se calhar é um problema criado, mas pode ser a melhor solução para o Brito porque esta gente não tem capacidade para estar à frente do Brito”.
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