Pedro Henriques vai dirigir o Braga - Vitória
O árbitro Pedro Henriques marcou presença, no passado domingo, no dérbie Braga-Vitória. O juiz não alinhou no veto dos árbitros internacionais. Pedro Henriques recusou-se a alinhar no veto dos árbitros internacionais, anunciados na semana passada, e marcou presença no jogo do último domingo, no Estádio 1º de Maio, em Braga. A dúvida quanto à comparência do árbitro foi colocada quando, no dia da nomeação dos árbitros para a 15ª jornada, Pedro Henriques não clarificou se iria solidarizar-se com os seus companheiros de sector. Contudo, dois dias depois, na quinta-feira, o lisboeta confirmou a presença em Braga para apitar o dérbie minhoto. Os árbitros têm todos que perceber que se queremos tomar posições, sejam elas quais forem, devem passar por todos os árbitros e não só pelos internacionais. Só um grupo unido é que pode ter alguma força, argumentou o Pedro Henriques, que esclareceu que não estou contra o Vitória, mas sim contra o artigo em causa. Pedro Henriques acusou também os árbitros internacionais de estarem a prejudicar a arbitragem nacional: Se querem lutar contra o artigo, devem propor uma paragem para todos os jogos, desafiou, uma vez que considera que o Vitória está apenas a utilizar um artigo que está no regulamento.O árbitro de Lisboa diz que houve precipitação por parte dos árbitros internacionais neste processo e deixa uma pergunta aos seus colegas de sector: Tenho uma dúvida. Contra o quê estão os árbitros internacionais. Será contra o Vitória, ou o artigo. Eles têm que esclarecer isto publicamente. Houve precipitação e quiseram fazer as coisas demasiado depressa por causa de todos aqueles processos que foram levantados e também por causa da nota de culpa que foi enviada ao árbitro em causa.
No decorrer da semana passada, o Vitória revelou a sua indignação perante a posição assumida pelos juízes internacionais portugueses, que não estão dispostos a dirigir os
seus jogos. Num comunicado emitido no seu sitio da internet, o Vitória repudia em primeiro lugar as manifestações de atitudes levadas a cabo por dirigentes com elevado grau de responsabilidades no dirigismo desportivo que incentivam à consequente violação dos regulamentos. O Vitória realça a ideia de que ninguém pode estar acima dos regulamentos e nem mesmo ter carácter de excepção sejam eles árbitros ou mesmo presidentes de organismos que regulam o futebol português.
A Direcção do Vitória não entende e admite que ao arrogar-se de um preceito regulamentar seja alvo de qualquer tipo de represálias. Esta posição do clube surgiu após a confirmação da indisponibilidade dos árbitros internacionais portugueses para dirigirem jogos do Vitória. Trata-se de uma posição reafirmada em comunicado da APAF onde se fazem exigências à Comissão Disciplinar e à Comissão de Arbitragem. Os árbitros não aceitam que as queixas dos clubes resultem em castigos.
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