Vitória perdeu no Bessa por 2-1
Com uma primeira parte de perfeita nulidade competitiva, o Vitória deitou a perder as esperanças e possibilidades de arrecadar um resultado positivo no Estádio do Bessa, que extensivamente lhe pudesse garantir uma reaproximação ao titubeante Sporting. Afinal, contrariando expectativas optimistas, a equipa de Inácio acabou por ver a equipa lisboeta aumentar para oito o número de pontos de vantagem, apesar de ter empatado em casa com o aflito Beira Mar!Incontornavelmente, o Vitória do primeiro tempo no Bessa cometeu demasiados erros que lhe viriam a ser fatais. Erros defensivos nos alicerces dos golos, pouca produtividade e clarividência no sector intermediário e, por força disso, uma ausência sinistra de produção ofensiva, reduzindo a sua acção à marca irreal de zero remates em 45 minutos!
O Boavista, que nem por isso produziu um futebol de inegável melhor qualidade, foi mais eficiente e marcou dois golos pelo estranhamente desamparado - do ponto de vista da marcação - Yuri. O primeiro num chapéu tecnicamente perfeito quando Palatsi abandonou a
destempo a sua baliza, e o segundo quando acorreu a um passe providencial de Martelinho e com alguma felicidade no ressalto empurrou para o 2-0.
O segundo tempo, sob pena do jogo traduzir-se numa catástrofe para si, teria inevitavelmente de ser encarado de forma diferente pelo Vitória. Inácio fez duas alterações e foi visível, desde logo, outra atitude, especialmente gizada pelo recém-entrado Hugo Cunha. No entanto, a defensiva voltou a comprometer quando Martelinho apareceu isolado no lado direito e teve tempo sobejante para cruzar para o fantástico e acrobático remate de Silva.
Estava sentenciado o triunfo axadrezado, ainda que o segundo tempo tivesse demonstrado outra perfomance vitoriana, marcada pelo golo redutor de Pedro Mendes, igualmente digno de revisão pelas imagens televisivas. Palatsi ainda desperdiçou uma grande penalidade quando Martelinho carregou na área Rubens Júnior, mas irrefutavelmente o triunfo do Boavista estava garantido e afigurava-se perfeitamente justo pelo que a equipa fez no primeiro tempo.
A arbitragem de Jorge Sousa foi positiva, apesar das dificuldades que teve de suportar no plano disciplinar quando os jogadores perderam um pouco o norte e desbarataram na consumação de faltas mais graves.
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