Associação de Ciclismo do Minho anuncia suspensão do Grande Prémio do Minho

A organização da prova lembra ainda que noutros tempos o número de equipas profissionais portuguesas "era suficiente" para viabilizar desportivamente uma prova de ciclismo, mas "hoje em dia a situação inverteu-se por completo".
O documento explica ainda que a organização propôs, "em devido tempo e na instância própria", uma reflexão que "diagnosticasse mas, fundamentalmente, apontasse soluções e caminhos e estabelecesse situações de compromisso entre os intervenientes no fenómeno desportivo".
A ACM garante que, apesar da realidade do pelotão nacional e do momento desfavorável para angariação de apoios, desenvolveu "um grande esforço" para viabilizar o 29.º Grande Prémio, conseguindo o apoio de autarquias, empresas e entidades.
"A realidade dos números forçou a ACM a parar o processo organizativo e a repensar a edição de 2011 do Grande Prémio do Minho. Estamos disponíveis para trabalhar, em regime de voluntariado, em prol da promoção da prática desportiva e do ciclismo. Não contem connosco, porém, para trabalhar, gratuitamente para financiar as forças policiais", acrescenta o comunicado.
Por ser uma modalidade que é praticada na via pública e não em "recintos desportivos", o ciclismo "não tem direito à ajuda financeira do Estado para o policiamento", uma medida que a ACM considera discriminatória.
"A eliminação da discriminação do ciclismo é um imperativo que a não ser cumprido (embora nem todos ainda se tenham apercebido da gravidade do problema) ameaça cada vez de forma mais séria e real a própria sobrevivência do ciclismo", reivindica a ACM.
Desta forma, a ACM entende que será melhor assegurar a realização de "mais de 40 atividades previstas para 2011 (ciclismo de estrada, BTT, Trial Bike e ciclismo de lazer), em detrimento de uma competição para sub-23 e profissionais cujos custos de policiamento sugariam implacavelmente os parcos recursos financeiros".
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