Vitória e Câmara em 'Guerra Aberta'
Vitória e Câmara Municipal de Guimarães estão claramente de costas voltadas. A notícia faz manchete na edição desta terça-feira do DESPORTIVO de Guimarães. O mau ambiente entre os responsáveis das duas instituições, já se sabia, teve génese na reprovação, por parte da autarquia, de projectos que o clube submeteu aos seus serviços para construção de dois pavilhões e de uma piscina no Complexo Desportivo e de um health-center no Estádio D. Afonso Henriques. Na passada semana, a Direcção do Vitória solicitou uma reunião com os responsáveis das modalidades amadoras e foi-lhes comunicada a terminante proibição de participarem em acções promovidas pela Câmara Municipal ou pelas suas cooperativas - nomeadamente a Tempo Livre.
Na referida reunião, Emílio Macedo e o director-geral João Martins justificaram esta tomada de posição, que qualificaram de irreversível. Além da já referida reprovação camarária de projectos do Vitória, o clube sente-se ofendido com outras alegadas posições tomadas nos últimos tempos pela autarquia. Desde logo com aquilo que considera ser uma insignificante verba (120 mil euros) anual atribuída pelo orçamento camarário ao clube para toda a sua gestão desportiva. Uma verba que o Vitória ainda não protocolou, depois de ter faltado à cerimónia que decorreu no Pavilhão Multiusos há algumas semanas. O clube não prescinde desses 120 mil euros, mas pretende deixar claro que não concorda com o valor atribuído.
A Direcção do Vitória ficou indignada com, pelo menos, mais duas posições da Câmara. Uma que tem a ver com a alegada falta de disponibilidade para ceder ao clube as grades utilizadas na organização dos jogos - são colocadas nas entradas do Estádio, junto aos torniquetes -; e outra respeitante a uma alegada multa aplicada ao clube pela Polícia Municipal, pelo facto do reclamo promocional exterior das piscinas dos Bombeiros não estar legalizado.
Face a estas aludidas posições da edilidade, o Vitória decidiu reagir de forma veemente e proibiu dirigentes e atletas do clube de participarem em acções promovidas e realizadas pela Câmara e suas cooperativas. Desde logo na preparação da 2ª edição da Gala do Desporto. Na passada quinta-feira realizou-se mais uma reunião preparatória desse evento, mas os responsáveis vitorianos de modalidades como o Futebol Juvenil, Voleibol, Basquetebol, Natação, Pólo Aquático e Kickboxing já não marcaram presença enquanto membros da Comissão de Avaliação.
Emílio Macedo da Silva apelou à solidariedade de todos eles nesta retaliação clara à Câmara Municipal, sendo que, de acordo com a notícia publicada esta terça-feira pelo DESPORTIVO de Guimarães, já esteve em cima da mesa uma atitude bem mais polémica, com o Vitória a ponderar a possibilidade do próprio clube realizar uma Gala... no mesmo dia da promovida pela Câmara.
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