Guimarães quer ser "epicentro da arte e cultura"

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Guimarães quer ser o "epicentro da arte e cultura". Um objectivo traçado pelo Director Executivo d'A Oficina. Hugo Freitas falava ontem em conferência de imprensa de apresentação do programa para o próximo quadrimestre dos espaços culturais de Guimarães geridos pel'A Oficina: o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), o Palácio Vila Flor e a Casa da Memória.

No encontro com a comunicação social, Hugo Freitas referiu que o projecto cultural liderado pel'A Oficina "é o maior e melhor de Portugal", ao nível das artes performativas, visuais e património.

"É um projecto único em Portugal que faz chegar a cultura a sete mil crianças do nosso Concelho", destacou lembrando que se trata de um projecto que se "abre aos jovens talentos". E nessa perspectiva, salientou que "queremos continuar a ter audácia".

Marta Mestre, da direcção artística do CIAJG, disse que a programação agendada parte das suas próprias colecções, sublinhando que "aquilo que distingue a programação do CIAJG da dos outros museus, é o trabalho realizado a partir das suas próprias colecções e da capacidade de falar do mundo de hoje, das questões da diversidade, da exclusão, da imigração e de trânsitos".
Temas pertinentes num Concelho onde a imigração faz hoje com que haja uma grande multiculturalidade por força das várias dezenas de países representados em Guimarães com cidadãos de África, Ásia e América do Sul. Por isso, uma realidade que merece uma atenção especial por parte da direcção de educação e mediação. Ao nível da acção concreta, Francisco Neves destacou os encontros com imigrantes, com sessões de conversas que promovem trocas culturais. O mesmo responsável, destaca a importância na aposta à acessibilidade à cultura, no âmbito de um trabalho colaborativa com diversas associações e instituições do Concelho, mas não só.
"Queremos implicar com as pessoas", sublinhou.

Catarina Pereira, da Casa da Memória, deu conta de uma programação que aponta ao património, cultura e arte, destacando a continuidade do projecto Redemoinho e uma exposição sobre Alberto Sampaio, no ano do centenário da edição póstuma da sua obra.
Na sua intervenção, Rui Torrinha, da direcção artística d'A Oficina, falou de uma oferta cultural de "banda larga" numa Cidade que se quer "inquieta".
"A Cidade está a mudar com as correntes africanas", fruto da presença, cada vez mais acentuada, de cidadãos imigrantes em Guimarães destacando, por isso, reclamando uma atenção a essa nova realidade, também na programação dos espaços culturais d'A Oficina.

A programação dos vários espaços culturais d'A Oficina, o Palácio Vila Flor, o CIAJG e a Casa da Memória é extensa com uma grande diversidade de acções culturais e formativas. Nomeadamente a Mostra de Amadores de Teatro, Mucho Flow s Guimarães Jazz. Também residências artísticas, oficinas de teatro, visitas guiadas às exposições, prémio nacional BIG 2023, entre muitas outras.


Marcações: A Oficina

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