Poetisa do século XVIII aproxima Guimarães e Chapada dos Guimarães

images/2022/educacao/catarina_chapada.jpg

A vida e obra da poetisa vimaranense Catarina de Lencastre serviu de pretexto para uma iniciativa cultural, este sábado, no salão nobre da Sociedade Martins Sarmento, permitindo aproximar Guimarães e a cidade brasileira de Chapada dos Guimarães.

A conferência centrada na vida e na obra da poetisa vimaranense do século XVIII, Catarina de Lencastre, proferida por Maria Luísa Malato Borralho, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, permitiu conhecer ao detalhe a investigação desenvolvida sobre tão ilustre figura do meio literário.

A iniciativa contou com a presença de uma delegação da cidade brasileira, liderada pelo Seu Prefeito, no âmbito do protocolo de amizade entre Guimarães e Chapada dos Guimarães, estabelecido em 2021, com um momento musical a cargo de João Rodrigues, ao violino, e de poesia com André Marcilio e Júlia Pedrolli.

Catarina de Lencastre (29-09-1749 | 04-01-1824) nasceu em Guimarães, filha dos Senhores da Casa de Vila Pouca, uma família com grande prestígio político e ligação à cultura, onde acedeu a uma educação cuidadosa.

Casou por procuração em 1767, com Luís Pinto de Sousa Coutinho (1735-1804), que virá a ser o 1º Visconde de Balsemão. Este, no início da sua carreira política, é nomeado governador de Mato Grosso, cargo que ocupa de 1769 a 1772. Terá sido por influência de Luís Pinto de Sousa Coutinho, durante a sua estadia em Mato Grosso, que o Município de Santana de Chapada passou a chamar-se Santana de Chapada dos Guimarães.
Em 1774 a família parte para Inglaterra, onde Luís Pereira vai ocupar o cargo de embaixador. O primeiro filho do casal nasce durante a viagem. Entre 1774 e 1775, Catarina toma a resolução de não aparecer em público durante um ano: pretende aprender inglês, francês e italiano e só depois abre a sua casa aos políticos e intelectuais com que a família se relacionava. Regressa a Portugal após onze anos de permanência em Londres.
Faleceu aos 75 anos de idade recitando para o seu confessor um soneto da sua autoria. ­­­­A sua obra poética, reconhecida por vários contemporâneos é pouco conhecida, tendo sido nos últimos anos objecto de investigação.

Marcações: Guimarães, Sociedade Martins Sarmento, Chapada dos Guimarães

Imprimir Email