Notável conjunto de gravuras rupestres identificado na Citânia de Briteiros
"Um verdadeiro santuário de gravuras rupestres"...foi assim que o arqueólogo António Baptista, chefe da equipa que efectuou os trabalhos de levantamento de arte rupestre levada a cabo na semana passada na Citânia de Briteiros, classificou os achados encontrados no âmbito da campanha nocturna promovida conjuntamente pela Sociedade Martins Sarmento e Universidade do Minho. Uma iniciativa que, segundo Amaro das Neves, permitiu apurar que o Monte de São Romão foi habitado já nos tempos do neolítico, ou seja, há pelo menos cinco mil anos.A equipa trabalhou durante uma semana na identificação e levantamento dos sinais dos dois rochedos encontrados, tendo o resultado sido considerado excepcional.
Difíceis de detectar à luz do dia, mas perfeitamente visíveis à luz rasante dos holofotes, os sinais gravados na pedra apresentam vários círculos concêntricos, unidos entre si por pequenas galerias. Dada a importância das gravuras agora identificadas, prevê-se que as mesmas venham futuramente a ser integrada num roteiro visitável. A Sociedade Martins Sarmento pondera ainda fazer uma réplica para o Museu da Cultura Castreja, localizado no Solar da Ponte, em Briteiros.
O conjunto de gravuras agora identificado, assim como os desenhos e as fotografias, vão agora ser analisados e estudados ao pormenor, com vista a uma publicação monográfica.
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