Fest'In Folk Corredoura regressa com a ambição de integrar rede de festivais da UNESCO
O Fest'In Folk Corredoura - o Mundo Dança em Guimarães regressa este ano, com um programa que começa na próxima segunda-feira e que se prolonga até ao dia 14 de agosto.
Na apresentação do evento, em conferência de imprensa realizada ontem nas instalações da Casa da Memória, o Presidente do Grupo Folclórico da Corredoura realçou que este regresse ocorre "num momento particularmente importante, pois é o último ano de avaliação para a marca de certificação internacional do Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e Artes Tradicionais (CIOFF), com reconhecimento da UNESCO, a qual tornará ímpar e vinculativa a edição de 2022 e elevará este evento a um nível inigualável em Guimarães". "É uma certificação que vai elevar o patamar do festival", afirmou Henrique Macedo, ao sublinhar que a iniciativa assume o propósito de cruzar o folclore com outras expressões artísticas, permitindo ao público "vivenciar e sentir diferentes povos" .
"É um gosto podermos voltar a animar e trazer os tons coloridos, as diferentes tradições e culturas de diferentes países do Mundo às ruas da Cidade", apontou o dirigente, destacando no programa da edição deste ano "para além das já habituais três galas de folclore no Campo de São Mamede, os desfiles e paradas nas ruas da Cidade", workshops de danças tradicionais, a composição da orquestra multicultural que fará a sua apresentação na gala de abertura, no dia 12 de Agosto, as visitas a seis lares de idosos, nos dias 9 e 12, e a celebração ecuménica com a presença dos grupos de todos os países participantes na Basílica de São Torcato, às 10h30, no dia 14, dia da gala de encerramento, no Campo de São Mamede.
Com um orçamento de 25 mil euros, o Fest'In Folk Corredoura vai juntar 150 pessoas durante sete dias em Guimarães, sendo a Escola Secundária Martins Sarmento o espaço de acolhimento dos participantes que integram grupos do Brasil, Equador, Eslovénia, Guiné-Bissau, Geórgia e Portugal.
Para o Presidente da Junta de São Torcato, o Fest'In Folk Corredoura "é muito mais do que um simples festival de folclore, é uma celebração do mundo e da cultura". "O folclore, as tradições culturais têm emoções, têm cores e os grupos participantes neste evento acrescentam muito ao território com as suas bandeiras, com os seus ritmos. Guimarães ficará mais rica do que é com a multiculturalidade, com a celebração da cultura e as suas múltiplas repercussões", frisou Alberto Martins, apontando que o reconhecimento da UNESCO ao festival "será um orgulho".
O Município de Guimarães classificou o Fest'In Folk Corredoura como projecto cultural de interesse municipal, assegurando um financiamento de 6 mil euros a que acresce o apoio logístico. "É uma proposta que constitui uma mais-valia para a cultura, para o turismo e para a internacionalização", disse Paulo Lopes Silva, ao observar que é uma iniciativa que preenche a programação cultural da Cidade no período entre as Festas Gualterianas e a Festa da Padroeira - Nossa Senhora da Oliveira. "Durante sete dias, Guimarães será um local de encontros, com representantes de seis países, oriundos de três continentes, "com culturas diferentes". "É uma oportunidade para nos tornarmos mais conscientes do outro, para conhecermos as diferentes culturas, para respeitarmos o outro e o acolhermos como irmão". "Nesta edição, estarão representantes vários países. Será uma troca de experiências culturais: eles trazem os seus valores, os seus ritmos, os seus hábitos e vão partilhamos, ficando a conhecer também os nossos, com actividades que conferem um toque contemporâneo ao evento, com a aproximação a públicos diversificados".
Para o vereador da cultura, a certificação internacional pelo CIOFF, com reconhecimento da UNESCO, permitirá incluir o festival numa rede internacional de festivais de folclore, projectando ainda mais a iniciativa e os seus participantes.
Marcações: UNESCO, Fest'in Folk Corredoura, rede de festivais de folclore