Festival Manta volta a cobrir de animação jardins do Centro Cultural de Vila Flor

O Centro Cultural de Vila Flor abre nova temporada cultural no primeiro fim de semana de Setembro com mais uma edição do Festival Manta. Na próxima sexta-feira e sábado, os jardins do Centro Cultural Vila Flor cumprem uma tradição que se vai repetir pela 11ª vez. Os espectáculos começam às 21h30.

O Manta arranca com os concertos de dois jovens artistas de qualidade inquestionável, Lydia Ainsworth e Noiserv. O músico português apresenta no manto verde o seu último trabalho, “00.00.00.00”, disco em que o artista põe os relógios no zero para um momento diferente na sua já longa carreira. Com este projeto, o músico que sempre se caracterizou por carregar consigo uma “orquestra de sons” segue um rumo diferente e entrega-se às sublimes notas do piano. David Santos, a pessoa por detrás do artista, descreveu este projeto como “a banda sonora para um filme que ainda não existe, mas que talvez um dia venha a existir”.

Na primeira noite, o palco pertence também a Lydia Ainsworth. Proveniente do Canadá, a cantora sobe ao palco do Manta para brindar o público com a melhor electropop produzida em tempos recentes. Lydia Ainsworth, cuja carreira vai ganhando fulgor a nível internacional, vem a Guimarães demonstrar, ao vivo e a cores, por que é uma das artistas emergentes mais aclamadas pela crítica especializada. A cantora e compositora traz ao CCVF os temas do mais recente trabalho, “Darling of the Afterglow”, que se carateriza por uma sonoridade cativante que une a simplicidade à exuberância. Ao agregar a influência da sua formação musical clássica com estilos mais ecléticos e pop, Lydia cria uma assinatura muito própria, carimbada por uma elevada sofisticação estética.

No sábado, o Manta apresenta Dead Combo e Lula Pena, dois concertos nos quais os seus protagonistas revelam a maturidade de uma carreira de êxitos consistentes. Lula Pena, artista de carisma singular, nasceu em Portugal mas tem a alma de uma mulher do mundo. A sua música colhe várias influências como blues, flamenco, chanson française, phado (como ela prefere chamar-lhe), bossa nova, entre outros. A cantora, muita parca em aparições, traz ao Manta o seu último disco, “Archivo Pittoresco”, cuja sonoridade vai levar o público para viagens infindáveis cujas margens se fazem de continentes distantes. Os Dead Combo atuam por último, encerrando mais uma edição do Manta. Dez anos depois de atuarem no primeiro número do festival, o duo traz consigo o baterista Alexandre Frazão para juntos interpretarem os temas do último álbum de Pedro Gonçalves e Tó Trips, “A Bunch of Meninos”.

Como já é habitual, o Manta tem entrada livre. É assim que (re)começa a celebração cultural que assinala uma nova temporada em Guimarães, num mês igualmente marcado pelo 12º aniversário do Centro Cultural Vila Flor.

 

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