Fábio Ferreira levou iguarias confecionadas com farinha de bolota a concurso nacional
Comer doces saudáveis é possível, só é preciso escolher os ingredientes certos, e a farinha de bolota pode ser um excelente aliado na confecção desses alimentos. Numa altura em que a obesidade, sobretudo na infância e adolescência, é uma preocupação crescente, encontrar soluções para uma dieta saudável é uma mais-valia. A farinha de bolota, além de ser rica em fibra e proteína - perfil de lípidos semelhante ao azeite e ausência de glúten - é um excelente antioxidante e óptimo para quem padece de alergias. Outra das suas vantagens é o elevado prazo de validade dos alimentos. Claro que foram precisas várias experiências até chegar ao ponto certo de formulação dos produtos, mas consumir alimentos à base de farinha de bolota pode ajudar, e muito, na manutenção de um estilo de vida mais saudável. Reza a história, que nos primórdios, a bolota fazia parte de alguns pratos dos primeiros habitantes da Península Ibérica. Com o tempo, foram encontrando outros alimentos que a substituíram, mas na Segunda Guerra Mundial voltou à mesa dos portugueses mais carenciados. Apesar de ser considerado, pelas suas propriedades um superalimento, a bolota é vista como comida para os porcos.
Certo é que o presente está a reinventar o passado. E só por curiosidade, este alimento que está novamente a entrar na dieta dos portugueses, pode também estar a chegar à cosmetologia. Mas isso ficará para outra altura. Desta vez fomos falar com o aluno da Profitecla de Guimarães, Fábio Ferreira, que decidiu investir o seu tempo e paixão pela cozinha, a descobrir fórmulas para confeccionar doces e pão com farinha de bolota. A bolota de azinheira é considerada, das três variedades, a mais doce e a do carvalho a mais amarga, logo, a de sobreiro é intermédia. A mais utilizada na nossa região é precisamente a mais amarga, uma vez que o carvalho é predominante do Norte do País.
No âmbito da iniciativa «A Melhor PAP Nacional – Geração+», que já vai na sua 8.ª edição, 19 jovens finalistas de todas as Escolas Profissionais Rumos Education - Escola Profissional de Tecnologia Digital, Escola Profissional Ruiz Costa (eRC), Escola Profissional de Braga (EPB) e Escola Profissional Profitecla - apresentaram um total de 14 projectos inovadores nas suas áreas de estudos. Fábio Ferreira mostrou as potencialidades da farinha de bolota na área da Pastelaria e Padaria. Os projectos foram apresentados a um júri nacional que selecionou os cinco melhores do País. O jovem vimaranense de 18 anos, natural de Vizela, conquistou o segundo lugar do pódio e ganhou um prémio de 500 euros na categoria Criatividade/Inovação.
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