Juliana Sousa fez caminho francês até Compostela
Caminhar até Santiago de Compostela virou moda, mas para Juliana é bem mais do que isso. Numa altura em que precisava de recuperar forças e renovar energias, pareceu-lhe uma opção sedutora. Percebeu que cumpriu o objectivo que pretendia, mas não foi suficiente. Algo lhe dizia que se fizesse um percurso mais longo, talvez encontrasse mais respostas.
Tem 44 anos e é enfermeira na Santa Casa da Misericórdia há 16 anos. Está inserida na área de geriatria e cuidados paliativos e está a terminar uma especialização que, apesar de não ser ainda reconhecida pela Ordem dos Enfermeiros, acredita que é muito importante uma vez que está a formar-se para ajudar pessoas a ultrapassar o luto.
Fez o primeiro caminho em 2011 a partir de Sarria com uma duração de cinco dias. É a rota mínima necessária para conseguir a Compostela (120 km). Na altura estava a tirar um curso de Reiki e a mestre formadora sugeriu que ela fizesse o caminho. Sentiu que precisava de alguma paz e de se encontrar, e esta foi uma forma de trabalhar as emoções. Adorou a experiência e aqueles cinco dias vão ficar na sua memória para sempre. Após terminar o percurso encontrou a paz que procurava ao mesmo tempo que sentiu vontade de repetir para ter margem para aprofundar o conhecimento sobre si própria. Em 2018, arriscou o caminho a partir do Sobreiro, o mais percorrido em Portugal, no trajecto que tradicionalmente se inicia no Porto, passa por Barcelos, Ponte de Lima e Valença. Oito dias e 215 quilómetros depois chegou à conclusão que não iria parar pela sensação de bem-estar que lhe proporcionava.
Viaje até Compostela pelos olhos de Juliana Sousa na BIGGERmagazine de Novembro!