Clementina Matos escreveu novo livro intitulado «O Homem Que Não Fechava Os Olhos»
Clementina Rosa Pires de Matos é actualmente uma assídua visita da cidade de Guimarães, terra de onde saiu para ingressar na Universidade do Porto, a fim de adquirir habilitações que lhe permitiriam exercer funções docentes, e é assim que os seus contos ou romances se povoam de personagens, de espaços e de tempos, trazidos das memórias indeléveis da sua juventude nesta cidade.
Em «O Gentil Vagabundo» - um livro de contos com a edição de 2021, registam-se as seguintes passagens que ilustram este testemunho.
(…) e eu corria pela Rua da Raínha, até perto da Senhora da Oliveira (...) aqui, na Rua de Gil Vicente (…) na pequena casa de Santa Luzia (...) começou a frequentar a Casa dos Pobres (…) onde se tinha dado a Batalha de São Mamede (…) noite de luar, à beira do Paço dos Duques de Bragança (…) casa situada no número quarenta e cinco da Rua de São Dâmaso (…) os vimaranenses ergueram o silêncio para poderem ouvir melhor as vozes das crianças (…)
Escreveu dois livros de poesia, «Os Amantes de Janeiro» em 2015 e «A Curva do Tempo» em 2019, e também aqui surgem por vezes versos que indiciam a presença das memórias da autora, relacionadas com a sua cidade-natal.
Surge em 2015 um extenso conto de 139 páginas, «A Letra-E», ficção literária que se inspira na história de duas famílias minhotas, uma narrativa voltada à leitura para os mais jovens – onde a história, protagonizada por uma criança de cinco anos, se prende com o valor das letras, os caracteres de um jornal, ou de um livro.
O seu primeiro romance «Piedade» publicou-se em 2017, e é uma ficção narrativa baseada em factos da vida real. Teve um sucesso considerável, e está actualmente transformado em livro sonoro para ser ouvido por invisuais, na Biblioteca Sonora da Biblioteca Municipal do Porto.
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