Maria Eduarda Doutel perdeu a visão mas é um exemplo de determinação
Esta é a prova de que a cegueira não faz de nós seres incapazes. Ser deficiente visual traz limitações, mas não a incapacidade de viver com qualidade. Chegou aos nossos estúdios com a filha Ana Isabel e durante duas horas estivemos à conversa. Maria Eduarda, 69 anos, nasceu com graves problemas de visão, apesar de não ser totalmente cega. Diagnosticada com cataratas congénitas, os sintomas neste caso particular foram a cegueira parcial. Quando começou a crescer, os pais protegiam-na muito com receio que a menina padecesse de algum tipo de discriminação. É a mais nova de três irmãos, que por sua vez também a resguardavam. Quando chegou a altura de ir para a escola ponderaram a hipótese de não a colocar num estabelecimento de ensino, mas o avô paterno, de quem Maria Eduarda tem as melhores recordações, aconselhou-os a integrá-la para que pudesse socializar e ter contacto com o mundo. Foi de resto uma figura preponderante, e que no fundo, delineou um pouco o percurso da neta. Empresário têxtil, político, magistrado administrativo, jornalista e professor, foram algumas das funções que desempenhou durante a vida.
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