Presidente da Câmara diz que o futuro ambiental exige transformações fracturantes

O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães afirmou que o caminho para a construção de um futuro mais verde e sustentável obriga a grandes transformações. Domingos Bragança que falava na «Bio Conversa: Que planeta queremos?» do programa da Green Week, sublinhou que a sustentabilidade implica medidas fracturantes que está disposto a assumir.

"O caminho do futuro ambientalmente sustentável é um caminho que obriga a grandes transformações e é preciso ter sempre as pessoas connosco. As transformações que queremos para as pessoas e para o território, algumas delas são fracturantes e muitas vezes as pessoas «viram-se» contra o Presidente da Câmara porque não compreendem, eventualmente, essa medida e o Presidente da Câmara tem de explicar essas medidas com a ajuda do Laboratório da Paisagem, as nossas brigadas verdes e as nossas juntas de freguesia, explicando a razão da necessidade de alterar", afirmou

Ainda de acordo com o Presidente da Câmara, entre as medidas fracturantes em causa está a pedonalização do Centro Histórico, em nome da mobilidade suave e descarbonizada.
"Uma das questões que é mais discutida é a alteração das prioridades da mobilidade. Habituamo-nos ao transporte individual como sendo a prioridade da mobilidade mas esta é uma realidade que é necessário inverter e, por isso, a primeira grande prioridade é andar a pé, a segunda é o transporte ciclável e a terceira é o transporte público que tem de ser descarbonizado", salientou.
Domingos Bragança reconhece que "não podemos deixar as nossas viaturas de um momento para o outro mas temos de inverter as políticas públicas que estão todas direccionadas para o uso do transporte individual".

A «Bio Conversa: Que planeta queremos?» contou com a presença da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional. Isabel Ferreira salientou que a resposta às alterações climáticas exige articulação de políticas ao nível nacional, regional e sub-regional que envolva os mais diversos agentes em ordem à melhor aplicação dos apoios financeiros disponíveis. Com a certeza de que os três grandes desafios que temos pela frente são a demografia, a transição digital e a transição ecológica que passa pela descarbonização e a economia circular, Isabel Ferreira sublinhou que o futuro passa pela qualidade, identidade e eficiência.

"Não vamos recuperar edifícios da mesma forma, nem vamos mais construir os edifícios da mesma forma. Todo este processo tem de ser feito pensando na maximização da eficiência energética, no recurso a fontes cada vez mais sustentáveis, traduzindo ganhos para as pessoas e os territórios", destacou.
Isabel Ferreira salientou ainda que "a dimensão da economia circular e a preservação da biodiversidade não é nem pode ser indissociável da eficiência dos territórios que se traduz na sua competitividade e no seu desenvolvimento sócio-económico".

A Green Week decorre até amanhã, domingo, no Jardim da Alameda de S. Dâmaso, em Guimarães com um diversificado conjunto de iniciativas para diferentes públicos.

Marcações: Domingos Bragança, Green Week, Bio Conversa , Isabel Ferreira

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