Gastronomia também pode ajudar a construir um futuro mais sustentável
A sustentabilidade começa na cozinha. É com esta certeza que a Divisão do Turismo da Câmara de Guimarães promoveu uma acção no âmbito da elaboração de um «Caderno de referenciais» dos principais produtos endógenos e receitas gastronómicas mais emblemáticas do Concelho. Tudo em nome da sustentabilidade ambiental
Na sessão, a Vereadora Sofia Ferreira salientou a importância da capacitação da gastronomia local no acompanhamento da tendência dos mercados turísticos.
"Hoje, para viajar, mais do que nunca procura-se destinos sustentáveis e que nos garantam segurança e tranquilidade e é nesse contexto que estamos a desenvolver este projecto que é mais um exemplo do trabalho que temos de continuar por forma a afirmar Guimarães naquilo que é também o contexto do destino Porto e Norte de Portugal enquanto destino de excelência e que se quer afirmar cada vez mais pela sustentabilidade", sublinhou.
Ainda de acordo com Sofia Ferreira é indiscutível que a gastronomia também tem um papel importante a desempenhar no processo de evolução para uma vida cada vez mais sustentável do ponto de vista ambiental.
"A enogastronomia e a restauração têm também um papel a desempenhar no desenvolvimento do turismo em Guimarães e não temos dúvidas de que a sustentabilidade começa na cozinha é o mote do trabalho que estamos a desenvolver com diversos parceiros no âmbito de um caminho que estamos a trilhar no sentido de fazer de Guimarães um Município cada vez mais sustentável", referiu.
Para o chefe António Loureiro, do restaurante A Cozinha, a sustentabilidade na cozinha implica "mais criatividade e mais formação" assente numa ementa de sazonalidade e nos produtos locais e com combate ao desperdício. É desta forma que A Cozinha dá um contributo para a sustentabilidade ambiental com o projecto «quilómetro zero», no àmbito do qual "apresentamos boa gastronomia com produtos de Guimarães".
Para Liliana Duarte, da Cor de Tangerina, o contributo da cozinha para o aumento da sustentabilidade não significa uma gastronomia elitista.
"Cada vez mais comer biológico é económico e saudável. E comer biológico pode ser com produtos de pequenos produtores onde se pode ir directamente. É preciso esbater o estigma do eleitismo", sublinhou.
O trabalho que está a ser desenvolvido tendo por objectivo o contributo da gastronomia para a sustentabilidade enquadra-se numa candidatura das CIM Minho, no contexto da atribuição do Galardão da Região Europeia da Gastronomia ao Minho, submetida em candidatura conjunta ao Programa Operacional Norte 2020.
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