Serviços da Câmara de Guimarães removeram 50 lixeiras de áreas florestais em 2020

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O trabalho de remoção de resíduos depositados indevidamente nos espaços florestais é contínuo e conta com a colaboração da Equipa de Protecção da Natureza da GNR de Guimarães, das juntas de freguesia e dos cidadãos atentos e empenhados na defesa dos recursos naturais. Os serviços municipais erradicaram 50 lixeiras de grande dimensão, criadas abusivamente na berma de estradas ou no meio dos espaços florestais do Concelho.

"É um número elevado que ilustra um fenómeno difícil de travar", admitiu a Vereadora do Departamento de Serviços Urbanos do Ambiente, alertando que está associado a "comportamentos indevidos e susceptíveis de aplicação de coimas". "É uma falta de civismo e há locais onde o depósito de resíduos é reincidente", observou Sofia Ferreira, lamentando esses "focos de poluição" que mancham áreas junto às estradas mais afastadas dos núcleos habitacionais e diversos caminhos florestais.

"Todas as semanas, os nossos serviços fazem a limpeza de pequenas lixeiras. Temos uma acção de proximidade e de colaboração com as juntas de freguesia, porque são parceiros privilegiados na sinalização desses depósitos de resíduos e até na identificação dos proprietários dos terrenos, o que permite a articulação para a vedação dessas áreas", esclareceu a responsável, insistindo no apelo à responsabilidade cívica para acabar com estas situações.
Referindo-se às 50 lixeiras de maior dimensão removidas pelos serviços ao longo do ano passado, Sofia Ferreira assinalou que algumas foram sinalizadas pela equipa de protecção do ambiente da GNR, desconhecendo se existem processos contra-ordenacionais associados.

No que diz respeito à Autarquia, "sobre as lixeiras removidas não foram instaurados quaisquer processos, dado que não foi possível identificar os infractores". "Este tipo de comportamentos é recorrente e só podemos contar com a colaboração dos cidadãos", insistiu, enaltecendo a acção de parceiros na identificação de focos de poluição como os caminhantes, os praticantes de BTT ou as Brigadas Verdes, que enviam para os serviços por e-mail fotografias e a localização de lixeiras. "É a forte consciência ambiental dos cidadãos que tem contribuído para remover os resíduos amontoados de forma mais rápida e eficaz", anotou, ao frisar que o Município tem vindo a colocar nos locais que são limpos informação sobre as coimas a que incorrem os infractores. "É um alerta que deixamos", realçou, insistindo na importância da colaboração das pessoas para acabar com este fenómeno. "O Município assume a recolha de resíduos, podendo os munícipes solicitar previamente o seu agendamento", alertou.

Apoderam-se dos metais
e abandonam têxteis e plásticos
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Na berma da estrada que liga Santa Leocádia de Briteiros ao Sameiro, numa encruzilhada de caminhos florestais, não passa despercebido o amontoado de resíduos a céu aberto. Ali parecem ter sido desmembrados vários colchões e diversos tipos de eletrodomésticos. Todos os metais foram retirados cirurgicamente, ficando abandonados à acção do tempo as matérias de origem têxtil, as madeiras e os plásticos. "Há pessoas que se dedicam a vender o chamado 'ferro velho' e que andam pelo Concelho a recolher sucata. Como só se interessam pelos metais, livram-se dos outros componentes, procurando locais afastados dos espaços residenciais para fazerem esses depósitos de lixo", conta quem dá conta dessa prática agressiva sobre o meio ambiente e que ali, no meio da floresta, facilmente pudemos identificar.

 

Marcações: Guimarães, lixeiras

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