Pais exigiram mais qualidade na confecção das refeições servidas nas escolas
Os encarregados de educação de alunos do concelho de Guimarães estiveram hoje reunidos com a Vereadora da Educação, Adelina Pinto, para exigir mais qualidade na confecção das refeições servidas pelas cantinas das escolas, que são geridas pelo Município de Guimarães. Algumas refeições têm criado a indignação de pais e alunos das escolas.
Na reunião realizada na Câmara de Guimarães, a vereadora assegurou aos encarregados que será feita uma maior fiscalização às refeições e convidou os pais às cantinas. "[A Vereadora] Transmitiu-nos que será feita uma maior fiscalização por parte do Município e das entidades responsáveis pelas cantinas. Transmitiu também que podemos, em qualquer momento, entrar no refeitório para almoçar em qualquer dia da semana, sem pedido prévio. É importante esta garantia para não encontrar um banquete quando formos lá", apontou à saída da reunião Bárbara Fernandes.
Após a entrega de um abaixo assinado com mais de 400 assinaturas, os encarregados de educação ficaram satisfeitos com as medidas que estão a ser tomadas pelo Município, dando o exemplo da contratação de uma segundo nutricionista. No entanto, Jorge Santos lamentou que não exista uma fiscalização à empresa contratada para fornecer as refeições. O encarregado de educação sublinhou que a "massificação não permite a qualidade pretendida" e pediu "linha zero" para as refeições. "Há de facto, por parte da Autarquia, a linha zero em todas as escolas. Não podemos permitir que aconteça o que aconteceu em algumas escolas. E só aconteceu em algumas escolas fruto da experiência de algumas cozinheiras, que evitaram a situação, confeccionado de forma diferente", disse.
Jorge Santo afirmou que a segunda nutricionista será "capaz de dar outra resposta às escolas", defendendo que as famílias devem estar presentes na educação. "Há um maior controle agora. Algo que devia ter sido feito no início. Aliás, a avaliação da concessão nada conta para uma candidatura futura para contratação pública. Portanto, queremos que os alimentos que chegam às nossas crianças sejam aqueles que estejam nos cadernos de encargos, que o tipo de alimentação seja a que está prevista e que exista um controlo das linhas das refeições que servem as crianças", sustentou o encarregado de educação, questionando como uma refeição com "um custo que ronda os dois euros pode ser de excelência para os filhos".
O Município de Guimarães adiantou que foi realizada uma auditoria interna às refeições servidas pelas cantinas das escolas, que não detectou "anomalias".