IHRU garante conclusão da requalificação do Bairro da Emboladoura antes da Páscoa

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Já passaram dois anos desde o início da requalificação dos prédios do Bairro da Emboladoura, em Gondar, não vislumbrando os moradores quando ficará concluída a intervenção tão desejada da responsabilidade do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, embora aquele organismo garanta que as obras ficarão concluídas até ao final deste mês . "Já passaram dois anos, em Novembro do ano passado que começaram as obras e não há maneira de ficarem concluídas", apontou Elisabete Dourado, dirigente da Associação de Moradores, ao lamentar que as obras tenham começado e ainda não esteja "um bloco totalmente concluído". "Substituíram o telhado apenas num dos prédios, colocaram as marquises e não fizeram os remates nas persianas", enumerou, reconhecendo que o isolamento aplicado nas paredes exteriores de todos os edifícios já trouxe melhorias à qualidade de vida dos seus moradores.

"As casas já não são tão frias e penso que ficará tudo muito melhor, mas quando é que isto vai terminar? Oxalá, as obras fiquem concluídas antes da Páscoa, mas não sei... vejo tanta coisa por fazer", continua a responsável, em conversa mantida nas instalações da Associação, num dia em que constantemente recebia reclamações por causa das portas que estavam a ser colocadas no interior dos apartamentos.

"Tínhamos portas a virar para a direita e agora estão a querer instalar portas a virar para a esquerda", explicou, ao justificar a urgência dos contactos telefónicos que recebia, numa evidência do que considerou ser um sinal da falta de organização, numa intervenção que espera venha a renovar a "alma do bairro".

"Esta obra era muito necessária e vai dar outro bem-estar e outra dignidade às pessoas que aqui vivem", considerou, manifestando que a sua evolução estar a decorrer "aquém do que era esperado". E dá o exemplo da substituição das coberturas dos telhados. "Só um dos blocos tem um telhado novo, os outros já têm capoto, já estão pintados e o telhado continua a ser o de amianto, estando as novas placas aqui há imenso tempo", acrescentou a dirigente, ao insistir na urgência na conclusão das obras e na necessidade de remodelar os fogos que estão desocupados e que poderão servir famílias necessitadas.

40 fogos desocupados
estão a ser reabilitados

Contactada pelo jornal "O Comércio de Guimarães", a Direcção do IHRU esclareceu que "na qualidade de condómino, disponibilizou o apoio técnico na elaboração dos projectos destinados à reabilitação das partes comuns e respectivas peças processuais", adiantando que a reabilitação das partes comuns do Bairro da Emboladoura é liderada pelas administrações de Condomínio.
Prevendo a conclusão da empreitada de reabilitação das partes comuns para o final do 1º trimestre do corrente ano, o IHRU precisou que "a reabilitação das partes comuns (empreitada + fiscalização) dos sete edifícios importa em 5,7 milhões de euros.
De salientar que o bairro é composto por 230 fogos, sendo que 174 são propriedade do IHRU. Actualmente, encontram-se 40 fogos desocupados, sendo que 38 fogos estão em procedimento de reabilitação e 2 fogos em fase de levantamento de trabalhos a realizar.

Garantindo que a execução da empreitada é acompanhada por uma equipa de fiscalização contratada pelas Administrações de Condomínio, o IHRU realçou que com a requalificação dos imóveis da Urbanização, "no que diz respeito ao acompanhamento das famílias, em Novembro de 2023, o IHRU e a Associação de Moradores de Solidariedade Social dos Moradores da Emboladoura (AME) acordaram a celebração de um Protocolo de Cooperação Institucional, para a colaboração recíproca no acompanhamento dos arrendatários do IHRU, residentes nos fogos dos edifícios localizados no Bairro da Emboladoura".

"Além disso, o apoio aos moradores é ainda promovido pela Junta de Freguesia de Gondar e pela Fraterna, que se encontra instalada no próprio Bairro.

Em Outubro de 2024, foi celebrado um contrato de arrendamento com a Junta de Freguesia de Gondar, para a fração sita na Bairro da Urbanização da Emboladoura, Bloco 1 - Entrada 1 Cave Dto, com vista à instalação de uma «Sala Sénior». Prevê-se ainda, a breve prazo celebrar contratos com outras entidades para o desenvolvimento de actividades de apoio à população residente", precisou.

"Relativamente aos pedidos de transferência de edifícios por motivos de saúde e/ou dificuldades de mobilidade, os mesmos encontram-se sinalizados, a aguardar a disponibilização de habitação, de tipologia adequada e ao nível do rés-do-chão", assegurou o IHRU.

*Texto publicado na edição do jornal O Comércio de Guimarães, de 5 de Março de 2025.

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