CICP notificado para sair do Convento das Dominicas

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O Centro Infantil e Cultural Popular (CICP) foi notificado pela Câmara Municipal de Guimarães que tem até esta quarta-feira para abandonar o Convento de Santa Rosa do Lima, conhecido por Dominicas, e que será um polo do Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (CINDOR). A Vereadora do CDS-PP, Vânia Silva, questionou o executivo sobre o curto prazo para a associação fundada em 1975 abandonar as instalações e sobre uma futura localização. 

"Esta associação vinha reclamando junto da Câmara, desde que foi conhecido o projecto do CINDOR, uma espaço próprio para a sua actividade. É público que ocupa o espaço sem oposição da Câmara há 30 ou 40 anos e as instalações são necessárias para o CINDOR. No entanto, o Presidente disse que eles têm de sair e que a Associação se recusa a sair. Parece-nos que pedir à instituição para sair em 15 dias é manifestamente exagerado, quando estão lá há mais de 30 anos. A Câmara tem de chegar a um acordo com a Associação para alocá-la num espaço e verificar de que forma poderá ajudar. Esta associação vai para a rua sem solução", afirmou Vânia Silva.

Na resposta, o presidente do Município de Guimarães salientou a possibilidade de reabilitar um espaço "abandonado há dezenas de anos" que é ocupado "à margem da lei". "É um edifício da Câmara de Guimarães. Quando fui visitar o edifício há cerca de um ano estava todo partido e sem janelas. Era um autêntico perigo. Aquele edifício não tem condições para ter lá ninguém. Respeitando o tempo que esta associação ocupou aquele espaço, disse que tentaria arranjar no projecto um espaço para a parte cultural, mas para a resposta social teríamos de acomodar noutro espaço", explicou Domingos Bragança.

O Autarca reiterou a oportunidade para renovar o edifício utilizando fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mostrando disponibilidade para negociar a Associação. "Quanto mais associações dinâmicas tiver Guimarães, com respostas culturais e sociais, melhor será para a cidade. Ali não dá, porque é uma candidatura ao PRR. Se não aproveitarmos voltamos à estaca zero. É uma oportunidade para esta associação encontrar respostas num edifício a requalificar ou num novo espaço. Estamos disponíveis para negociar. Aliás, já reuni por mais de uma vez com os responsáveis da associação", defendeu o Edil vimaranense.

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