Bacalhau já está a ser demolhado para a Ceia de Natal de São Crispim

images/2024/outubro/bacalhau_crispim.jpg

Desde o passado sábado, as postas de bacalhau já estão a ser demolhadas para serem servidas na tradicional ceia de Natal, organizada pela Irmandade de São Crispim e São Crispiniano, localizada em pleno Centro Histórico de Guimarães.

Como manda a tradição iniciada na Idade Média, em 1315, a denominada Ceia dos Pobres faz parte do compromisso da centenária Instituição, constituindo uma demonstração de afecto e solidariedade que perdura com o esforço das sucessivas direcções da Mesa da Irmandade, com o entusiasmo de grupos de voluntários e o apoio de algumas empresas e do Município de Guimarães.

Durante quatro dias, o bacalhau é cuidadosamente demolhado em água que se renova sob a supervisão de Augusto Novais para que amanhã esteja no ponto para ser cozido e servido a quem aparecer para a ceia da Consoada, acompanhado pelas batatas e pelas couves.

O Juiz da Irmandade, Dario Silva, fez questão de evocar a memória do dirigente José Pereira, falecido neste ano de 2024, lembrando o empenho que tinha na organização da Ceia de Natal. "Era ele que tratava de tudo, até da canseira de demolhar o bacalhau", recordou, ao assinalar que o seu exemplo será uma inspiração para que nada falte à mesa da Consoada.

A Ceia começará a ser servida amanhã, a partir das 19 horas, estando assegurada a sua confecção por 30 voluntários que vão cuidar de a elaborar, cozendo os diferentes ingredientes ao lume, ateado a lenha, sentindo-se no interior das instalações um ambiente que nos faz recuar no tempo.

Imprimir Email