Casa dos Pobres: «90 anos a dar pão e abrigo ao irmão»

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O Lar de Santo António assinalou ontem os 90 anos da criação da «Casa dos Pobres de Guimarães».

Na sessão solene realizada nas instalações do Lar de Santo António, o Presidente da Câmara não poupou elogios à instituição.
"Os homens e mulheres que estiveram na Casa dos Pobre e agora Lar de Santo António construíram uma instituição forte que orgulha Guimarães. É uma instituição de referência desde a sua criação como Casa dos Pobres", salientou Domingos Bragança.

Presente na cerimónia, o Presidente do Centro Distrital de Segurança Social de Braga destacou a visão daqueles que há 90 anos criaram a instituição.
"Saúdo e felicito esta instituição que sabe construir uma verdadeira comunidade de identidade e pertença, essencial para uma sociedade mais inclusiva onde todos contam e todos são chamados a contribuir para o bem colectivo", afirmou João Ferreira, manifestando o seu "profundo agradecimento" pelo trabalho desenvolvido pela instituição.
"Percebemos que a sua criação requereu coragem e demonstra hoje que foi uma decisão acertada", concluiu.

O Presidente da Assembleia Geral do Lar de Santo António lembrou que a Casa dos Pobres foi fundada em 1934, com intervenção decisiva dos comerciantes de então e com o apoio do Município, para combater a fome de muitos passantes e vimaranenses".
90 anos após a criação da Casa dos Pobres, no Largo de Donães, que actualmente se designa de Lar de Santo António, com sede no Salgueiral, em Creixomil, continua fiel aos objetivos sociais do projecto, com várias respostas sociais, como referiu o presidente da Direcção.

Actualmente, o lar de Santo António tem 82 utentes residentes em lar, 18 em centro de dia e 24 a beneficiar do serviço apoio domiciliário. Acresce que diariamente serve 90 refeições gratuitas através da cantina social e cuidados de higiene pessoal e lavandaria a pessoas carenciadas em edifício cedido pelo Município. A Instituição participa ainda num projecto partilhado com outras entidades no apoio aos sem abrigo.

Ainda segundo José Castelar, o Lar de Santo António espera poder contar com financiamento do PRR para aumentar o seu trabalhos social em prol da comunidade.

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