VÍDEO: "Terra arrastou tudo o que encontrou na encosta", diz Autarca de Atães
O movimento de terras arrastou várias árvores de grande porte, um poste de eletricidade de média tensão, um muro, vários anexos de apoio à actividade agrícola e atingiu ainda uma habitação.
Na Rua 5 de Outubro, em Atães, esta manhã, o susto foi grande e tão cedo o sobressalto não será esquecido. Em poucos minutos, a força imparável da terra fez o que quis, numa altura em que na casa onde residem três pessoas se encontrava uma adolescente.
"Foi um milagre não ter ali ficado uma pessoa, porque os campos eram cultivados. Os moradores felizmente não se encontravam no exterior", ouvia-se nas imediações da zona afectada pela derrocada.
Mesmo assim, lamentam-se os animais perdidos: as galinhas que estavam na capoeira e os três cães de caça que se encontravam abrigados da intempérie nos anexos que foram engolidos pela derrocada.
Segundo o Presidente da União de Freguesias de Atães e Rendufe, Patrício Araújo, o deslizamento de terras teve origem num terreno privado, confrontante com a propriedade atingida, onde terá sido realizado um aterro há cerca de 20 anos. "A terra arrastou tudo o que encontrou na encosta", comentou o Autarca, apontando para os troncos de eucaliptos que foram deslocados pelo movimento de terra.
A violência do deslizamento de terras fez com que um poste de média tensão ficasse soterrado, o que interferiu na distribuição de energia eléctrica naquela zona do concelho, obrigando momentaneamente ao corte de trânsito na Variante Guimarães - Fafe. A equipa da E-Redes foi chamada ao local, numa operação que mobilizou também agentes da GNR, PSP e Polícia Municipal.
Os serviços de Protecção Civil da Câmara de Guimarães efetuaram já a primeira vistoria à habitação, vedando o acesso a toda a zona afectada pelo deslizamento de terras.
Marcações: Atães, Protecção Civil, deslizamento de terras, Serviço Municipal de Protecção Civil