Vimaranense expôs o comportamento das mulheres trans trabalhadoras do sexo

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Este domingo celebra-se o Dia Internacional da Memória Transgênera. Este dia é dedicado à memória de todos aqueles que faleceram vítimas de violência transfóbica ou preconceitual. 

Além de prestar homenagem aos falecidos trans (transexuais e transgênero), este dia serve como uma chamada de atenção para a violência sofrida na comunidade trans. 

A vimaranense Diana Silva, de 23 anos, defendeu a sua tese de mestrado na Universidade do Minho sobre esta temática. Olhando para o período da pandemia, Diana Silva expôs o comportamento das mulheres trans trabalhadoras do sexo. "O trabalho que desenvolvi captou e representou as vivências e representações sociais de mulheres trans trabalhadoras de sexo. Foi  realizado um estudo etnográfico nos distritos de Braga e Porto", adianta.

Natural de Selho S. Cristóvão, a estudante afirma que o estudo conluio que existe vulnerabilidade nesta população, porque "relizam um trabalho sexual que tem uma representação social negativa". "Para além disso, são entendidas como transgredindo as normas sociais, sendo colocadas em situações de grande vulnerabilidade. Uma das suas principais dificuldades é a inserção formal do mercado de trabalho, porque são discriminadas devido à sua aparência. A morosidade no processo de transição traz ainda constrangimentos psicológicos e auto-estima. Outra das conclusões do estudo refere que o trabalho sexual, para além dos rendimetos, é um local de empoderamento e reafirmarção destas entidades trans", acrecenta.

A tese, intitulada “Mulheres Trans: trajetos de vida, estigma e luta como trabalhadoras sexuais no norte de Portugal”, reúne 11 testemunhos de pessoas dos distritos de Braga e do Porto que partilharam a sua experiência com o trabalho sexual durante a pandemia.

Marcações: Dia Internacional da Memória Transgênera

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