ACTG apelou ao Presidente da Câmara para não proibir trânsito e "não fazer obras" no centro da Cidade de Guimarães
O Presidente da Associação do Comércio Tradicional de Guimarães apelou ao Presidente da Câmara para que não sejam realizadas obras e erradicado o trânsito automóvel no centro da Cidade, sob pena de "destruir" a actividade comercial.
Numa intervenção feita no período dedicado ao público, no final da reunião do Executivo vimaranense, Cristina Faria quis saber se Domingos Bragança tomou conhecimento da carta que a instituição dirigiu ao Município, acompanhada de um abaixo assinado promovido junto dos comerciantes. "Dos 187 comerciantes inquiridos, 177 mostraram-se contra o encerramento do trânsito", afirmou a responsável, sublinhando ainda a preocupação com a repercussão que a execução de obras no centro da cidade poderá ter na dinâmica dos estabelecimentos comerciais, numa alusão ao projecto de pedonalização que o Município está a desenvolver. "As obras vão durar quanto tempo? Cuidado com o que vão fazer! Os comerciantes estão a sentir quebras nas vendas de 50 a 60 por cento", continuou, acrescentando: "Não queira ficar registado como o Presidente que destruiu o comércio".
Em declarações aos jornalistas, a dirigente da ACTG justificou a intervenção com a necessidade de travar "obras que duram sempre muito tempo e que terão como resultado o trânsito e não podemos concordar". "Nas cidades onde é cortado o trânsito morre o comércio tradicional porque surge outro modelo de comércio, ligado a bares, restauração e alojamento local mais direccionado para os turistas do que para os habitantes. Queremos manter o nosso comércio dirigido para os vimaranenses", vincou, considerando que "não adianta ter as ruas bonitas sem estacionamento e sem serviços que obriguem as pessoas a vir à Cidade".
No entender da ACTG, a oferta de estacionamento criada com a construção do Parque de Camões "não é solução". "O parque tem 439 lugares, mais de 220 são avenças. A partir das 10h00, de manhã, raramente se arranja um lugar", apontou.
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