Voto de pesar do Município de Guimarães pela morte de Jorge Benavides Solís
A vereação vimaranense aprovou um voto de pesar pela morte do Prof. Doutor Jorge Benavides Solís, expressando assim o reconhecimento pelo legado do seu trabalho dedicado a Guimarães.
"Natural de San Gabriel, no Equador, Jorge Benavides Solís vivia há cerca de três décadas em Sevilha, Espanha. Doutorou-se em Arquitetura e destacou-se como professor universitário na Escola de Arquitetura da Universidade de Sevilha e como especialista em Urbanismo e Património. Para além da sua atividade enquanto professor, Jorge Benavides foi autor e coordenador de muitos trabalhos sobre a evolução da Arquitetura, colaborador do Diário de Sevilha e do El País.
Antes de chegar a Sevilha, estudou em Quito, Madrid e Roma, cidades onde acumulou um currículo em análise das cidades enquanto “produto cultural” e em património histórico. Dedicou-se ainda ao estudo das grandes aglomerações urbanas. Jorge Benavides nunca se prestou a permanecer na sua cátedra e afastado dos problemas que o rodeavam, motivo pelo qual a sua participação cívica enquanto especialista o levou a interessar-se por variados assuntos ligados à sua área de especialidade. A sua experiência, como arquiteto, escritor, crítico, professor universitário e como membro de diversas organizações relevantes ao nível do Património Cultural, designadamente o ICOMOS, é unanimemente reconhecida.
Foi esse interesse pelo património das cidades que o levou a colaborar com o Município de Guimarães, visitando o concelho e, com mais detalhe, o Centro Histórico e a Zona de Couros, mantendo, desde 2013, uma relação próxima, atenta e curiosa, sobre a nossa cidade.
Produziu, no âmbito da colaboração com o Município de Guimarães, o trabalho intitulado “Guimarães, Património da Humanidade – A água, a Penha e os Couros”, trabalho que integrou a candidatura da Zona de Couros à Lista Indicativa ao Património Mundial, e que integra a candidatura do Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros a Património Mundial.
No caso concreto da sua relação com Guimarães, o seu posicionamento e visão sobre a gestão dos bens Património Mundial foi inspiradora para os objectivos adotados no Plano de Gestão 2021—2026 para o Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros", refere o voto de pesar lido pelo Presidente da Câmara, Domingos Bragança, durante a última reunião do Executivo, ao expressar em nome do Município sentidas condolências à sua família, amigos e às instituições com as quais colaborou regularmente.
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