50 anos do Serviço de Pediatria celebrados pelo Hospital de Guimarães

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O Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães (HSOG) está a comemorar 50 anos do Serviço de Pediatria

O programa arrancou com o lançamento on-line do documentário "Uma História com 50 anos de Vida", no dia 24, através dos canais de comunicação do Hospital. No mesmo dia arranca as XI jornadas de Pediatria de Guimarães, intituladas "Pediatria e Comunidade", numa iniciativa que se prolonga até ao dia 28 em regime e-learnig.

Esta segunda-feira, marca também o início da exposição de artes plásticas desenvolvidas por alunos das escolas do concelho, que estará patente no Guimarães Shopping até ao dia 30.

Para o dia 29 está marcada a sessão solene das comemorações do cinquentenário do serviço de pediatria, que terá lugar no Paços dos Duques de Bragança, com início às 17h00. O momento servirá para homenagear o Dr. Gama Brandão, fundador do Serviço de Pediatria e para a apresentação do projecto do Livro Comemorativo dos 50 anos do referido serviço.

As celebrações encerram no dia 30, com a celebração eucarística do cinquentenário do Serviço de Pediatria, na Basílica de São Pedro, pelas 12h30.

A viver uma crise sanitária que "ninguém esperava", devido à pandemia provocada pela Covid-19, Águeda Barbosa de Matos, Chefe do Serviço de Pediatria do HSOG, assume que as comemorações vão ser "as possíveis", numa unidade hospitalar que se adaptou às contingências. "Nós organizamos-nos, com o Hospital a inserir normas redigidas e o serviço de pediatria seguiu as mesmas normas, porque a pandemia afectou de forma mais ligeira as crianças. Isso foi algo muito bom. Funcionamos como equipa e em partilha. A urgência foi quem sofreu mais, pois é o local que recorrem em primeira mão e o sítio que foi mais testado. Em Agosto mudamos para as novas instalações, o que nos facilitou a vida, pois um bom espaço físico permitiu-nos organizar melhor. No internamento estamos preparados, porque a pandemia não acabou, não fomos muito afectados, com dois ou três mais graves, mas encontramos sempre solução", explica Águeda Barbosa, sublinha que o novo coronavírus "foi uma provocação" que testou a "capacidade de organização e de adaptação", mas "que funcionou muito bem".

O serviço iniciou em Maio de 1971 no "Hospital velho" com um pediatra, numa altura em que no nosso morriam mais de 100 crianças por 1000 nascimentos, segundo a Chefe do Serviço de Pediatria. Actualmente, a história é bem diferente: "Na década de 60 vivíamos com taxas de mortalidade infantil na ordem dos 80 a 90% por mil nascimentos. O serviço foi evoluindo e no ano seguinte já tinha dois pediatras e posteriormente abriu a formação. Hoje, o serviço de pediatria e neonatologia conta com 40 médicos. A taxa de mortalidade infantil anda nos 3% sobre 1000. Isto é fruto dos médicos, das melhorias de condições assistenciais de vida, do poder de compra e de muitas outras melhorias que temos ao nosso dispor. Devemos muito à geração que trabalhou nas últimas cinco décadas porque deram muito pela saúde das nossas pessoas e sobretudo das crianças. Passamos de uma taxa de mortalidade infantil elevadíssima para uma das melhores taxas do mundo", aponta.

A pensar no futuro, Águeda Barbosa adianta que o Serviço de Pediatria do HSOG tem de se "adaptar às mudanças da sociedade" e estar "aberto à inovação". "Temos a expectativa de criar no futuro próximo uma enfermaria para adolescentes e criar no nosso serviço o internamento de pedopsiquiatria", revelou a responsável pelo Serviço de Pediatria.

Marcações: Hospital Senhora da Oliveira, pediatria, 50 anos

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